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Marcelo Senna, de Santo André, se destaca na Urbis
Por Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
20/06/2004 | 17:18
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Cenas urbanas de Santo André serão retratadas a lápis, em breve, pelo ex-letrista Marcelo Senna, 30 anos, morador no bairro Clube de Campo, na mesma cidade. O convite partiu de David Gomes de Souza, diretor de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Santo André, que se encantou com o trabalho do artista plástico exposto durante a 3ª Urbis – Feira e Congresso Internacional de Cidades, que terminou sexta-feira passada no Expo Center Norte, em São Paulo.

Autodidata em pintura e desenho, Senna é apaixonado por arquitetura. A São Paulo na ponta de seu grafite é uma cidade mais limpa e arborizada. As cenas tem uma riqueza de detalhes que impressiona o observador mais atento, que se demora em percorrer as telas com o olhar. Essa meticulosidade é fruto de andanças pelas ruas da cidade. Suas 13 telas, entre 1 m e 3 m, mostram vários pontos históricos de São Paulo, desde o Museu Paulista, no Ipiranga, à congestionada avenida 23 de Maio, tendo ao fundo, a Igreja Santa Generosa. Senna desenhava sob eucatex até 2001, e a partir de 2002 passou a usar somente tela como suporte.

As imagens são reproduzidas a partir de fotos, tiradas pelo próprio artista, ou diretamente no local. Para reproduzir uma cena urbana típica da metrópole, um aglomerado de prédios, Senna observa e desenha. “Fiquei na janela de um apartamento no bairro Santa Cecília observando. O trabalho ficou pronto em três dias.” Senna tem cinco telas em exposição permanente no restaurante 7 Grill, na rua Sete de Abril, em São Paulo.

Na Urbis, o artista expôs em um espaço cedido pela Alcantara Machado Feiras de Negócios, uma das organizadoras do evento. Foi nesse local que o diretor de Desenvolvimento Econômico de Santo André conheceu o seu trabalho. “Achei muito interessante”, afirmou Souza, que deve se reunir com Senna esta semana para organizar o trabalho, que é retratar Santo André a lápis. Senna, que costuma participar de exposições individuais e coletivas pelo país, está cheio de expectativa. “O seu David (Gomes de Souza) ficou encantado com o meu trabalho”, disse.

“Ele nasceu com esse dom”, disse o orgulhoso pai de Senna, o matemático José Bernardino Senna, 74 anos. O artista esgotou seu cartões de visita durante a feira, tamanho interesse do público. Estudantes de arquiteturas elogiaram o trabalho e se encantaram com a perfeição dos traços e detalhes reproduzidos. Humilde, Senna pedia para que os visitantes autografassem seu livro de registro no estande. “Quem trata, retrata. O mais interessante é que é a lápis”, parabenizou Agenor Mônaco, assessor do secretário das Subprefeituras de São Paulo, Carlos Zaratini.

Seu talento foi parar no gabinete itinerante da prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), instalado até sexta-feira passada na Urbis. Três telas foram emprestadas para decorar o local. Um delas, desenhada a lápis em fundo verde, retrata a Catedral da Sé. Outra mostra uma cena noturna do Viaduto Santa Ifigênia em acrílico colorido, com o prédio-sede da Prefeitura ao fundo. Ambas decoraram o gabinete. Um terceiro, com o Edifício Itália reproduzido em acrílico azul, ocupou uma das paredes da sala de reuniões.

Em novembro, Senna entregará um trabalho exclusivo para o governador Geraldo Alckmin (PSDB): a reprodução do Palácio dos Bandeirantes a lápis sobre tela. Trata-se de uma encomenda de amigos para ser repassada no dia do aniversário do governador.




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