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Massao Ohno. Editor. Eterno

Um dos maiores editores do País, que influenciou gerações, ganha um livro de papel, ilustrado com a sua obra, desafiador à era digital e em mais um trabalho impecável de José Armando Pereira da Silva, ex-News Seller, ex-Diário

Por Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
05/02/2020 | 00:01
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Zé Armando é mestre em teatro pela Universidade do Rio de Janeiro e em história da arte pela USP. Ama o livro impresso, com capa e contracapa, orelhas e cheiro de tinta. E, em instrumentos como este, já escreveu sobre personagens do talento de João Suzuki, Paulo Chaves, Guido Poianas, Luís Martins e José Geraldo Vieira. Agora lança um livro maravilhoso com a vida e obra de Massao Ohno (1936-2010), editor independente, que dedicou a vida a produzir edições artísticas de autores que eram, em sua maioria, poetas e desconhecidos.

No levantamento da produção editorial de Massao Ohno, José Armando focaliza livros e ilustrações de autores como Sérgio Milliet, Augusto Boal, Jorge Mautner, Álvaro Alves de Farias, Hilda Hilst, para citar alguns dos famosos...

Foi a Editora Massao Ohno quem lançou o livro <CF160>Adeus Cinema</CF>, de Oséas Singh Jr, de 1993, que focaliza a vida e obra de Anselmo Duarte, ator e cineasta com passagem vitoriosa pela Cia. Cinematográfica Vera Cruz, com estúdios em São Bernardo.

Em 1981, Paulo Mendes Campos teve o seu Diário da Tarde editado pela Civilização Brasileira e Massao Ohno.

Eliot foi editado por Ohno. Dois exemplos: Poemas/1910-1930, de 1985; Corais de O Rochedo, de 1996, ambos traduzidos por Idelma Ribeiro de Faria.

José Armando Pereira da Silva é meticuloso. Neste e nos livros anteriores. Sua obra mais recente reproduz 174 obras editadas por Massao Ohno. Zé Armando conta:

A ideia de fazer um levantamento da produção de Massao Ohno me ocorreu por ocasião das homenagens que lhe foram prestadas em 2004 pelos 45 anos de carreira.

Não havia um inventário que desse uma dimensão concreta dos títulos por ele publicados.

Atraía-me também a possibilidade de investigar as diversas etapas de sua carreira e conferir a colaboração de ilustradores – referências para pesquisa da literatura e do design gráfico da segunda metade do século XX.

É exatamente isso que se aprende folheando Massao Ohno, Editor. Uma vontade imensa de adquirir todos os livros apresentados. E a alegria de observar a própria evolução do design contemporâneo brasileiro.

Memória não perderá a oportunidade de mostrar, em seleção, nesta e em edições próximas, um apanhado do que Massao Ohno construiu e José Armando rastreou. Esta página ficará mais bonita. 

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Massao Ohno, Editor 

Autor: José Armando Pereira da Silva

Projeto gráfico (belíssimo): Gustavo Piqueira e Samia Jacintho

Coleção:  Artes do Livro 12

AE – Ateliê Editorial

Páginas: 322

Preço: R$ 180

Lançamento: 15 de fevereiro

Local: Galeria de Arte Almeida e Dale.

Endereço: Rua Caconde, 152, Jardim Paulista, em São Paulo

Diário há 30 anos

Domingo, 4 de fevereiro de 1990 – Ano 32, edição 7294 

Educação – Fundação Santo André vira centro de vestibular. Reportagem: Elaine Biajo.

Quase todos os principais vestibulares que se realizam hoje no Grande ABC têm um mesmo destino: o prédio da Fundação Santo André.

A maratona começou há dez anos (1980), quando a FSA sediou, na região, o vestibular da Fuvest.

Hoje o campus abriga os exames da Fefisa, Imes e Unicamp, além de cursos públicos e de reciclagem para funcionários da Prefeitura de Santo André.

Em 5 de fevereiro de...

1915 – Requer provimento na escola noturna de São Caetano professor Antonio Pain Vieira.

1920 – Do noticiário do Estadão: Roma, 5 (UP) – Cenas escandalosas na Câmara dos Deputados. Socialistas e católicos se agridem a socos e pontapés. A sala tornou-se um verdadeiro campo de batalha, 80 contra 80. Suspensa a sessão.

Carnaval. No triângulo paulistano, ótimas janelas para acompanhar os folguedos. Alugam-se.

1960 – O capitão Juventino Borges, comandante da 2ª Cia. do 2º Batalhão de Caçadores da Força Pública, com sede em São Caetano, anuncia a criação de um curso para a formação de soldados para prestar serviços no ABC.

A primeira turma deverá ter 60 recrutas.

As aulas de ginástica serão ministradas no Estádio Anacleto Campanella e, as teóricas, no Clube Comercial, à Rua Santa Rosa.

De quatro em quatro meses deverá ser formada uma turma.

1970 – Tragédia na Via Anchieta, com dez mortos e três feridos em dois acidentes. 

Santos do dia

- Adelaide de Villich

- Genuino

Salve, salve, Ouro Verde. 70 anos de história. 

Em 5 de fevereiro de 1950 era formado o Ouro Verde Popular FC, em Santo André. O clube nascia congregando os moradores do Conjunto Residencial da Fundação da Casa Popular e Adjacências. Acompanhem esta história sintonizando: www.dgabc.com.br.




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