Três dos acusados de participação no seqüestro e assassinato do casal de namorados Liana Friedenbach e Felipe Caffé, em novembro de 2003, foram condenados a penas que variam de sete a 124 anos de prisão. O julgamento dos réus terminou na madrugada desta quinta-feira na Câmara Municipal de Embu-Guaçu, na Grande São Paulo.

Antônio Caetano da Silva recebeu a pena de 124 anos de prisão por auxílio no seqüestro das vítimas e no estupro de Liana. Já Agnaldo Pires pegou 47 anos e 3 meses de cadeia por estupro. Por fim, Antônio Matias de Barros foi condenado a 7 anos e nove dias por seqüestro, porte de arma e favorecimento pessoal.

Ainda falta ser julgado um quarto acusado, Paulo César da Silva Marques, o Pernambuco, que disparou o tiro que matou Felipe. Já o mentor dos assassinatos, conhecido como Champinha, não irá a julgamento porque era menor de idade quando praticou o crime. Ele cumpre pena na Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor) e deve ser solto em novembro.

Crime – Liana, à época com 16 anos, e Felipe, com 19, saíram para acampar escondidos dos pais, em Embu-Guaçu, e desapareceram em 31 de outubro de 2003. Seus corpos foram encontrados dias depois, após grande mobilização do pai de Liana e da polícia.

Os namorados foram rendidos e levados para uma casa emprestada por Antonio Caetano da Silva. Lá, Liana foi estuprada, enquanto Felipe era mantido sob a mira de uma espingarda. No dia seguinte, o rapaz foi assassinado com um tiro na nuca. Já Liana foi morta três dias depois, por Champinha.

Também tiveram envolvimento no crime Agnaldo Pires, que participou dos atos de violência sexual contra Liana, e Antonio Mathias, que guardou a arma usada para matar Felipe e nada fez para salvar os jovens.