A polícia de São Paulo anunciou nesta segunda-feira que, desde o início dos novos ataques em todo o Estado promovidos pela facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), no último dia 11, 164 suspeitos de terem participados dos atentados já foram presos.

Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública), foram registrados 102 ocorrências contra 118 alvos desde a última terça-feira. O principal alvo foram os ônibus, já que 65 foram queimados. Além disso, os criminosos atacaram 16 agências bancárias. Estes dados, no entanto, só contabilizam os atentados até sexta-feira. De acordo com a SSP, seis mortes relacionadas aos ataques do PCC foram registradas.

Prisões – Na região do ABC, em São Bernardo, três homens foram detidos após incendiarem um ônibus no dia 14 de julho. Além disso, outras 10 pessoas foram presas na mesma cidade por operarem uma central telefônica clandestina. Dois dias depois, a polícia prendeu outro homem que atacou um coletivo.

Já no interior de SP, as principais detenções foram realizadas na cidade de Barrinhas. No dia 12, quatro suspeitos foram presos após confessarem o atentado contra a residência de um PM. Eles ainda disseram ter ateado fogo no prédio da Prefeitura local, incendiado dois caminhões, arrombado as portas do Conselho Tutelar queimando documentos e terem invadido o posto da Guarda Municipal da cidade. Com o bando, foram apreendidas diversas garrafas de gasolina.

Um dia depois, na mesma cidade, mais cinco pessoas foram presos pelo ataque contra a garagem do prédio da prefeitura, quando dois ônibus foram incendiados. Com eles, foram apreendidos 20 litros de gasolina e três coquetéis molotov.

No mesmo dia, a polícia deteve cinco pessoas em Bragança Paulista com dois litros de álcool combustível, uma lata de adesivo plástico, um frasco de catalisador e uma chave mixa, além de R$ 1.500. Outros cinco foram pegos em Ribeirão Preto com papéis onde constavam orientações sobre ataques a serem realizados. Em Taubaté, outros quatro suspeitos foram detidos por atear fogo em um uniões.

Já no dia 14, foi a vez de mais seis homens serem presos nas cidades de Sorocada e Tupã, por terem incendiado um coletivo. Mais 11 foram pegos em flagrante em Marília quando preparavam um coquetel molotov.

Em São Joaquim da Barra uma pessoa foi detida por arremessar um coquetel molotov em uma lan house da cidade no dia 15 de julho. Neste mesmo dia, a polícia ainda prendeu um responsável por um incêndio em um ônibus de Campinas e outro homem que procurava ajuda de um hospital após ter se queimado em um ataque.