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A política, de fato, é como nuvem
Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
18/09/2018 | 07:00
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Políticos adoram falar que, na política, tudo muda num estalar de dedos. E esta eleição mostra que a máxima nunca esteve tão verdadeira. Há dois anos, o cenário era de derrocada do PT e do então prefeito da Capital, Fernando Haddad. Ele havia se tornado o primeiro chefe do Executivo paulistano a sequer ir para um segundo turno no pleito local. Perdeu, à ocasião, para o empresário João Doria (PSDB), que ingressara na política com discurso de redução do tamanho da máquina e trazer o modelo empresarial ao setor público. Virara, com aquela vitória, o futuro do PSDB, em um momento no qual suas grandes lideranças caminham para a aposentadoria das urnas. Doria foi levado ao cenário eleitoral por Geraldo Alckmin (PSDB), que, em 2014, se tornara governador pela quarta vez, vencendo o pleito no primeiro turno. Dois anos depois, tudo, de fato, mudou. Haddad assumiu a campanha presidencial do PT, em substituição a Luiz Inácio Lula da Silva, e tem crescido nas pesquisas. As mesmas pesquisas que mostram Alckmin ainda sofrendo para conquistar seu eleitorado. No pleito ao Estado, Doria colocou sua popularidade à prova, renunciou à prefeitura paulistana. Mas encara uma eleição acirrada, cabeça a cabeça com Paulo Skaf (MDB).

Nova eleição
Alvo, assim como Mauá, da Operação Prato Feito, no dia 9 de maio, Mongaguá terá nova eleição para prefeito. Assim como Atila Jacomussi (PSB), Arthur Parada Prócida, chefe do Executivo da cidade do Litoral, foi preso, com quantia milionária em casa e em espécie. Lá, diferentemente daqui, a Câmara foi implacável: votou e aprovou impeachment de Prócida e seu vice, Márcio Cabeça, também investigado na operação. O novo pleito está marcado para o dia 28 de outubro, mesma data reservada para o segundo turno das eleições gerais.

Agora vem
Depois de faltar a duas agendas que marcaram para ele em Diadema, o governador de São Paulo, Márcio França (PSB), candidato à reeleição ao Palácio dos Bandeirantes, promete visitar a cidade hoje. O PSB local organizou evento, a partir das 19h, no Clube Okinawa, no Centro, para que França dialogue com eleitores do município.

Apoio irrestrito
Após, no fim de semana, denunciar furto de materiais de sua campanha, a candidata a deputada estadual e primeira-dama de São Bernardo, Carla Morando (PSDB), apresentou imagem de um eleitor. Na foto, ao lado da placa de apoio à sua candidatura e à do vice-prefeito Marcelo Lima (PSD) a federal, o morador pregou outros dizeres: “Se rasgar eu ponho outra”.

Reação
Muita expectativa para a primeira sessão na Câmara de Mauá após o retorno do prefeito Atila Jacomussi (PSB). Em sua entrevista, na quinta-feira, Atila acenou positivamente para o Legislativo, elogiando o fato de dois pedidos de impeachment contra ele terem sido derrubados na Casa. Por outro lado, será interessante acompanhar a postura de alguns vereadores que estavam na base de Atila, mas que ganharam espaço na gestão interina Alaíde Damo (MDB).

Pesquisas barradas
O TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) acolheu representação da coligação que defende a campanha de João Doria (PSDB) ao governo do Estado e determinou o impedimento de divulgação de duas pesquisas eleitorais com supostas inconsistências de informações.

Luto
Jornalista com passagens por veículos do Grande ABC, Fábio Silva Gomes morreu ontem, aos 30 anos, vítima de câncer linfático. Aos 17, escreveu o livro Origem das Famílias de São Bernardo, que contava a história da cidade. Seu corpo foi velado ontem, na Câmara, e enterrado também ontem, no cemitério Carminha. 




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