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Justiça está sendo feita, afirma bispo sobre Lula

Ao lado dos prefeitos da região, dom Pedro Cipollini voltou a defender combate à corrupção

Por Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
21/02/2018 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


O bispo da Diocese de Santo André, dom Pedro Carlos Cipollini, defendeu a condenação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sentenciado em segunda instância à prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá. Ao lado dos prefeitos da região, dom Pedro voltou a defender o combate à corrupção, minutos antes de celebrar missa, na Paróquia Santíssima Virgem, no Centro de São Bernardo, em defesa do Grande ABC.

Sem citar diretamente o ex-presidente, mas questionado pelo Diário sobre o caso, dom Pedro elogiou o que classificou de “avanço da aplicação da Justiça”. “O Brasil teve 400 anos de escravidão. Éramos um País dividido em dois andares. O andar de baixo não tem lei, não pode nada, não tem direito, e o andar de cima faz o que quer e tem todo o direito. De repente, você vê que isso começa a inverter. Penso que as instituições no Brasil estão com uma força suficiente para não nos transformarmos, por exemplo, numa Venezuela. E isso é muito positivo”, frisou o o líder religioso, ao ponderar que é preciso que haja “Justiça para todos”.

Não é a primeira vez que dom Pedro fala sobre política e defende o combate à corrupção. No ano passado, a Diocese de Santo André promoveu uma missa em homenagem aos novos governos. Ontem, dom Pedro voltou a falar sobre o tema aos chefes dos Executivos. “Eu não tenho dados muito precisos (para avaliar as ações de combate à corrupção na região). Eu leio o Diário. Agora, eu noto esforço (dos prefeitos). Hoje (ontem), por exemplo, o prefeito Orlando Morando (PSDB, São Bernardo) sinalizou que estava continuando uma obra (do governo de Luiz Marinho, PT). É costume no Brasil, quando entra um governante, esquecer tudo o que o antecessor estava fazendo e mesmo, por motivos políticos, desfazer o que foi feito pela gestão anterior. Isso é um sinal de que nós podemos avançar porque as políticas públicas têm de ter continuidade independentemente do partido que está no governo. Se aquilo lá foi votado, foi acertado como bom para a população, não há motivo para que outro governante que entra dizer que ficou mau da noite para o dia”, defendeu.

Em sua fala durante a missa, dom Pedro pediu que os prefeitos sejam “verdadeiros servidores do povo”.

Desfiliada do Consórcio Intermunicipal, que ajudou a promover o evento, Diadema participou da celebração, representada pelo vice-prefeito Márcio da Farmácia (PV), atual chefe do Executivo em exercício. Em seu discurso, o verde falou em “união”.

A missa também reuniu diversas lideranças políticas da região. Apenas Atila Jacomussi (PSB), de Mauá, não estava presente. 




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