Com um faturamento de R$ 36,39 bilhões registrado no ano passado, o setor de material de construção tem boas expectativas para 2007. Segundo previsão da Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção), nos próximos doze meses, o segmento deve ter um crescimento de 8%, graças a fatores como a diminuição dos juros e o aumento da oferta de crédito, o que melhora as possibilidades de compra para os clientes das grandes lojas.

A entidade mostra que os incentivos do governo federal ao setor da construção civil têm refletido diretamente nas vendas dos materiais de construção. As razões para o crescimento são os efeitos das medidas de desoneração de IPI (Imposto sobre Produto Industrializado) implementadas em 2006 e o aumento do crédito para o setor da construção civil no país.

Ainda de acordo com a Anamaco, o número de novas construções no país deve aumentar em 2007, já que 50% dos recursos do FGTS serão investidos, obrigatoriamente, em novas obras.

“O presidente Lula deixou claro que a área habitacional será prioritária para o governo nos próximos quatro anos e deve anunciar ainda este mês um novo pacote de incentivos à construção. Tudo isso nos dá a certeza de que 2007 será um ano muito promissor para o nosso segmento. Só o varejo de material de construção deve gerar 90 mil vagas de trabalho em função da abertura de novas lojas”, afirma Cláudio Conz, presidente da Anamaco.

Segundo ele, apesar dos projetos do governo federal e de todas as medidas tomadas para incentivar o setor, esse passo ainda é muito pequeno frente a um déficit habitacional de oito milhões de moradias no país.

“A construção civil e infra-estrutura deve ser responsável por 2,4% dos 5% que o governo federal quer crescer nos próximos quatro anos”, completa o diretor fiscal da Anamaco, Hiroshi Shimuta.