Política Titulo Após calote
Sem empresa, Diadema para de fazer exames por imagem

Um mês depois de denúncia do Diário, serviço segue interrompido no Quarteirão da Saúde

Por Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
07/09/2017 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


A Prefeitura de Diadema, gerida por Lauro Michels (PV), parou de realizar serviços de exames por imagem no Quarteirão da Saúde. Praticamente um mês depois de o Diário denunciar que a firma havia retirado os equipamentos e os funcionários do local por falta de pagamento do Paço, o serviço segue interrompido e, segundo relatos de funcionários, sem previsão de retorno.

A equipe de reportagem do Diário voltou nesta semana ao complexo hospitalar e constatou que estão sendo atendidos apenas pacientes em casos de urgência e emergência e ultrassons em casos de gravidez de risco. O espaço, localizado no térreo do prédio central do Quarteirão da Saúde, estava praticamente vazio e com poucos funcionários no local.

No dia 9, o Diário revelou que a então prestadora do serviço, a Fidi (Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem), retirou os aparelhos e até a mão de obra do hospital após calote do governo Lauro. Na ocasião, a firma negou veementemente a interrupção do atendimento.

A empresa era responsável por fornecer os equipamentos e os funcionários terceirizados para operacionalizar exames como mamografia, raio X, tomografia computadorizada, densitometria óssea, ultrassonografia e biópsias. Nenhum desses procedimentos está sendo realizado no município, que pode encaminhar os pacientes a hospitais públicos da região que atendam demanda de outras cidades.

Nem a empresa nem a gestão Lauro admitiram o calote, tampouco revelaram valores do contrato. Estima-se que o atraso já chega a sete meses. Segundo dados do Portal da Transparência, o Paço depositou R$ 445,9 mil à Fidi só neste ano. Os repasses são referentes às prestações de janeiro e fevereiro. Não há registros da quitação das mensalidades seguintes.

Desde 2011, quando começou a atuar em Diadema, a Fidi já acumula R$ 17,8 milhões em recursos recebidos da Prefeitura diademense. Os contratos em vigência foram celebrados, sem licitação, em 2013, e vêm sendo prorrogados desde então. No Grande ABC, a firma também atua em São Caetano.

Questionado pelo Diário sobre quando os serviços serão normalizados no Quarteirão, o governo Lauro novamente não se manifestou sobre o assunto. 




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