O Egito e a Liga Árabe pediram neste sábado o cessar imediato dos combates na Somália, enquanto as autoridades egípcias destacavam o perigo de que o conflito somaliano se transforme em uma "guerra regional".

O ministro egípcio das Relações Exteriores, Ahmed Abul Gheit, pediu aos beligerantes na Somália que "ponham um fim imediatamente aos combates e que detenham o derramamento de sangue do povo somaliano", em um comunicado recebido pela AFP.

Abul Gheit considera que "a retomada do diálogo - entre o governo interino e os tribunais islâmicos - é necessária, e que a conversa é o melhor meio de resolver as diferenças". Também advertiu para o risco de que "exploda uma guerra regional de conseqüências imprevisíveis".

"O povo somaliano é o único perdedor nestes combates", destacou o chanceler egípcio.

Por sua vez, a Liga Árabe afirmou que acompanha "com extrema preocupação" a situação na Somália e convocou "todas as partes somalianas - e sobretudo os tribunais islâmicos - a seguirem o caminho do diálogo como única forma de resolver as divergências".

A Liga instou os dois setores a "porem um fim imediatamente às hostilidades e retomar sem condições prévias às conversações de paz iniciadas em Khartum", acrescentou um comunicado da organização.

Os combates continuavam neste sábado na Somália pelo quarto dia consecutivo entre as forças governamentais, apoiadas pelas tropas etíopes, e as milícias islamitas.