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Cannavaro tenta reencontrar o bom futebol
Da AFP
25/09/2006 | 16:31
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Símbolo das últimas contratações do Real Madrid, o italiano Fabio Cannavaro ainda não está à altura de sua qualificação de melhor zagueiro do mundo.

O italiano tentará nesta terça-feira contra o Dínamo de Kiev fazer o Santiago Bernabéu esquecer de sua catastrófica atuação diante do Lyon, no passado dia 13 de setembro, no jogo da primeira rodada do Grupo E pela Liga dos Campeões (Lyon ganhou por 2 a 0).

Culpado pelos gols de Fred (11) e Tiago (31), Cannavaro, de 33 anos e 102 jogos pela seleção da Itália, admitiu que jogou mal. "Jogamos muito mal", declarou o campeão mundial, atribuindo a derrota à falta de forma. "O Lyon tem um time muito rápido, mas cometemos muitos erros, sobretudo por razões físicas", assinalou.

Não dizia outra coisa no domingo, no dia seguinte à vitória do Real Madrid sobre o Bétis sevilhano por 1-0. "Vamos jogar 50 ou 60 partidas, não podemos estar sempre no mesmo nível. Durante essa partida (contra o Lyon) houve grandes diferenças de condição física. Se um time estava 100% o outro estava 50%, é muita diferença. Mas todos os defensores do Real Madrid estão tranqüilos, já que sabemos jogar futebol".

No entanto, Cannavaro deixou os torcedores do time 'merengue' preocupados ao falhar duas vezes na partida contra o Betis, apesar da eficiência de Emerson e Diarra que neutralizaram as investidas dos sevilhanos.

A trajetória de Cannavaro recorda a do argentino Walter Samuel, que chegou em 2004 ao Real Madrid em procedência do AS Roma por 25 milhões de euros. Samuel era então um dos zagueiros mais caros já adquiridos pelo clube madrileno.

O argentino veio com a fama de ser um "muro invulnerável", considerado um dos melhores zagueiros do 'calcio', mas cometeu falhas incríveis e acabou ganhando a inimizade da torcida 'merengue'. Uma temporada depois, ele voltou para o futebol italiano, para o Inter de Milão.

Cannavaro, que custou menos que Samuel (23 milhões de euros pagos ao Juventus, além do brasileiro Emerson) ainda não chegou ao limite. Protegido pelo técnico Fábio Capello, se beneficia da indulgência dos torcedores graças a sua condição de campeão do mundo.

"É uma questão de tempo", afirmava o italiano no domingo. Mas ele não pode demorar muito para convencer seus novos torcedores, que não são os mais pacientes da Europa.




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