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Jornalista Arnaldo Duran troca Globo pela Record
Por Luiz Almeida
Da TV Press
17/08/2006 | 08:49
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Arnaldo Duran, 54 anos – 36 deles de profissão –, não disfarça a ansiedade. Convidado para trabalhar na Record, o jornalista está de malas prontas para embarcar do Rio para São Paulo, onde assumirá o cargo de repórter especial. Atualmente de férias da Globo, Duran adianta que, além das reportagens, ficará responsável pela apresentação de um telejornal.

PERGUNTA – Após seis anos na Globo, o que o motivou a ir para a Record?

ARNALDO DURAN – Resolvi aceitar o convite por ser uma pessoa irrequieta, que não consegue ficar parada num mesmo lugar por muito tempo. Na minha ida para a Record vislumbrei a possibilidade de crescimento profissional, do mesmo modo que aconteceu das outras vezes em que troquei de emissora. Também pesou o fato de possivelmente apresentar o Jornal da Record aos sábados. Acho instigante a apresentação de um telejornal. Além disso, não vou estar na escala do dia-a-dia, nem fazer plantão na reportagem nos fins de semana. Vou para a Record para fazer reportagens especiais sobre comportamento, que é a minha praia.

PERGUNTA – Durante os seis anos de Globo, você cobriu de perto o Carnaval carioca. Pensa em fazer o mesmo na Record?

DURAN – A Record atualmente não tem o direito de transmissão do Carnaval, mas podemos adquirir. Nada impede que isso aconteça e torço muito. Mesmo sem o direito de entrar na avenida, podemos ficar na concentração, o que rende um bom material, pois é lá que sempre estão as boas histórias, já que é onde está o povo. Se a Record quiser, basta me chamar que faço sem pestanejar.

PERGUNTA – A Record é ligada à Igreja Universal. Você acredita que a emissora transmitiria o Carnaval, uma festa considerada profana?

DURAN – Sem dúvida. Quando me chamaram para trabalhar, não perguntaram minha religião. Apenas tratamos de assuntos profissionais e não pessoais. Além disso, uma emissora que se propõe a chegar ao primeiro lugar na audiência, não deve se preocupar com questões religiosas e deixar de mostrar um acontecimento como o Carnaval. Mas não vou para a Record apenas para cobrir o Carnaval. Um dos motivos que me fez aceitar o convite também foi a possibilidade de apresentar um programa meu em 2007. Nas conversas que tive com o Douglas Tavolare, diretor de Jornalismo, ele me falou sobre isso, embora não tenha adiantado nada.

PERGUNTA – Que tipo de programa gostaria de apresentar?

DURAN – Um programa de entrevistas com pessoas ligadas à MPB e que mostrasse as raízes da nossa música, mas sem esquecer, é claro, do “universo” do samba, do qual passei a ser um grande e confesso admirador. Faria um programa em que misturasse música e jornalismo, entretenimento e informação. Ficaria muito feliz se a idéia fosse aceita pela direção da Record.

PERGUNTA – Você só estréia na Record no dia 1º de outubro e atualmente ainda tem contrato com a Globo. Mesmo assim, você não está no ar. Houve algum constrangimento com a sua saída?

DURAN – Não, de forma alguma. Por questões trabalhistas, eles me deram férias, mas se a Globo quiser, volto ao ar até meu contrato terminar. Aliás, não saio da emissora brigado com ninguém. Ao contrário: fiz muitos amigos e só tenho a agradecer os seis anos em que fiquei lá.




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