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Mário Chekin culpa FUABC

Afastado da Secretaria de Saúde de São Caetano
afirma que contratos eram geridos por Fundação

Por Júnior Carvalho
Especial para o Diário
15/11/2014 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


Afastado da Secretaria de Saúde de São Caetano por falta de medicamentos nos postos da cidade, Mário Chekin responsabilizou a FUABC (Fundação do ABC) pelo desabastecimento nas unidades. Chekin alegou que todos os contratos com fornecedores são fechados pela instituição, que gerencia os equipamentos de Saúde no município e o abastecimento de remédios nas unidades. A FUABC contestou as afirmações e informou que a responsável pelos convênios é a Pasta de Saúde, anteriormente comandada por Chekin.

O secretário afastado negou que tenha homologado os contratos e argumentou que as únicas prerrogativas da Secretaria de Saúde são a de fiscalizar a atuação da FUABC e cobrar o órgão quando há problemas como falta de remédios, além de efetuar o pagamento aos fornecedores contratados pela Fundação. “Todos os contratos são feitos pela FUABC, não pela secretaria (de Saúde). A Prefeitura mantém contrato com a Fundação, que por sua vez administra todas as licitações e processos de seleção dos fornecedores”, justificou.

Por meio de nota, a FUABC, presidida por Marco Antônio Santos Silva, admitiu ser responsável pela homologação dos contratos, mas alegou seguir “orientações e determinações” da Secretaria de Saúde.

Ontem, o Diário mostrou que o governo do prefeito Paulo Pinheiro (PMDB) decidiu afastar Chekin pela falta de medicamentos nos postos do município. Uma das fornecedoras, a empresa Medic Center Distribuidora de Produtos Hospitalares Ltda, tem como sócia offshore localizada no Panamá, paraíso fiscal no Caribe. Outra que mantém contratos com a Prefeitura é a Healthecnica Produtos Hospitalares Ltda, que recebeu quantia milionária do governo do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), para obras que tiveram problemas constatados posteriormente.

Chekin destacou que a Prefeitura não informou que os motivos do seu afastamento se davam pela crise na distribuição dos remédios. Ele sofreu infarto recentemente e já estava fora do Palácio da Cerâmica há alguns dias. “Eu já tinha férias vencidas e decidi tirá-las porque minha recuperação demanda mais tempo. Meu afastamento não tem nada a ver com esses problemas.”

O Paço informou que segue aguardando sindicância aberta para auditar os contratos celebrados.


Pinheiro evita apontar culpados, mas mantém titular de fora

O prefeito de São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB), evitou apontar eventuais culpados pelo desabastecimento de remédios nos postos de Saúde da cidade. O peemedebista defendeu a necessidade de aguardar os resultados da sindicância aberta pelo Paço para apurar os fatos.

Pinheiro, porém, garantiu que Mário Chekin seguirá afastado do cargo temporariamente. “Precisamos fazer a sindicância antes de tomar qualquer decisão. Vamos averiguar o caso também junto à FUABC. Enquanto isso, ele (Chekin) continua afastado. Não podemos antecipar os fatos”, salientou o prefeito. O secretário de Governo, Sallum Kalil Neto, ficará interinamente responsável pela Saúde durante as investigações.

(Colaborou Gustavo Pinchiaro)




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