O presidente da Câmara de Mauá, Paulo Suares (PT), afirmou que a defesa do vereador Manoel Lopes (DEM) agiu de “má-fé” ao requerer que o TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) responsabilize civelmente e criminalmente o mandatário por demorar em acatar a liminar que suspendeu sentença de cassação do diploma do democrata, que responde na Justiça por abuso de influência do cargo por distribuir cartas em 2012 aos pais de alunos de uma escola estadual em que a diretora e cunhada dele, Jane Donatiello, pediu votos.

Suares argumentou que a ação movida contra ele no tribunal foi embasada em informações “erradas” para tentar “tumultuar” o processo. O petista é questionado por ter atendido a liminar no dia seguinte da notificação feita pela Justiça, ato considerado como desrespeito pela defesa de Manoel Lopes. O presidente já apresentou justificativas ao TRE-SP.

“O documento protocolado pela defesa do Manoel diz que a posse da suplente (Wanessa Bomfim, PMDB) ocorreu no dia 28 de outubro, o que na realidade ocorreu dia 24. Em nenhum momento, nem no acórdão que cassou o diploma dele nem na liminar que suspendeu essa decisão, a orientação foi de cumprimento imediato, não tinha prazo nenhum. A decisão deve ser de acordo com o regimento interno e a Lei Orgânica do Município. Por isso encaminhou, nas duas oportunidades, pedido de parecer do setor jurídico antes de agir”, explicou Suares.

Manoel reforçou o discurso de que determinações da Justiça devem ser cumpridas e depois questionadas. “A liminar chegou na Câmara e ele (Suares) não teve coragem de acatar para não magoar, não ofender a menina (Wanessa). Respeito o Paulinho, é meu companheiro de trabalho, isso não muda nossa boa relação”, comentou o democrata.