Setecidades Titulo Habitação
Grande ABC faz
34,8% das moradias

A cada três unidades prometidas pelas prefeituras,
só uma foi entregue; as metas têm prazo até 2016

Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
05/10/2014 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Ao analisar hoje, Dia Mundial da Habitação, o cumprimento das metas das prefeituras da região para a área até 2016, constata-se que será preciso acelerar os trabalhos para que as promessas se realizem. Dos planos de construir 16.182 moradias populares, 34,8% (5.640) foram entregues. Em São Caetano, não foram feitas promessas nas eleições de 2012. 

Em Santo André, o objetivo é construir 5.000 moradias. Segundo a administração, foram entregues 1.356 casas e outras 1.108 estão em construção. Ainda neste ano está prevista a entrega de mais 796 unidades.

Em Diadema, das 2.843 planejadas, 394 foram concluídas em 2013 e a expectativa é que, até o fim de 2014, 560 apartamentos sejam finalizados. 

A Prefeitura de Mauá tem como objetivo viabilizar a construção de 3.000 moradias. Em agosto, 120 famílias removidas de áreas de risco no Jardim Oratório e também em decorrência das obras de urbanização no local receberam as chaves da nova casarro. De acordo com o Executivo, 1.728 unidades já estão garantidas, entre as quais 312 no Jardim Paranavaí, previstas para serem entregues nos próximos meses às famílias removidas do Jardim Cerqueira Leite.

Até o ano passado, São Bernardo projetava 4.243 imóveis. A administração não informou se a meta aumentou, mas afirmou que, de 2009 para cá, 3.770 unidades foram liberadas aos moradores. Atualmente, estão em construção 2.197 apartamentos, inseridos em projetos de Urbanização Integrada contratados com o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), do governo federal. Além dessas, há mais 980 unidades em execução por meio do programa Minha Casa, Minha Vida, que são o Residencial Independência, na Avenida Tiradentes, e o Residencial Ponto Alto, na Rua Padre Léo Comissari, na região do Jardim Silvina.

Dona Maria Alves Pereira, 64 anos, moradora do Jardim Pedreira, em São Bernardo, aguarda ansiosamente pelo dia em que receberá a chave de um dos imóveis prometidos pela Prefeitura. Retirada de área de risco no Parque São Rafael, há quatro anos recebe auxílio-aluguel no valor de R$ 315. No entanto, ela precisa fazer bicos em um mercadinho para pagar os R$ 400 solicitados pelo proprietário da casa em que vive de aluguel com os três netos. “Meu coração fica bem apertadinho com essa situação. Não sei quando terei meu próprio canto, mas a minha hora vai chegar, se Deus quiser”, diz, esperançosa. 

Ribeirão Pires tem como meta entregar 504 unidades pelo programa federal (com início das obras previsto para o primeiro semestre de 2015) e 96 pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo). Rio Grande da Serra fechou acordo com os governos federal e estadual para 496 moradias. 

As seis cidades estão confiantes que cumprirão as metas até o fim de 2016. Mas, para alcançar esse objetivo, será necessário entregar ao menos sete moradias por dia até lá. 

Deficit da região é de 160 mil casas

Para zerar o deficit habitacional de seis cidades do Grande ABC (Rio Grande da Serra não retornou a informação), seria preciso viabilizar 160.404 moradias. 

Em São Bernardo, o PLHIS (Plano Local de Habitação de Interesse Social) apontou uma carência acumulada priorizada que resulta em ações abrangendo mais de 107 mil famílias.

Mauá e Santo André possuem deficit de 22 mil e 20 mil moradias, respectivamente. Diadema registra a necessidade de 9.866 unidades, desconsiderando as famílias que serão atendidas ainda este ano. 

Em Ribeirão Pires, 838 famílias carecem de casa própria e, em São Caetano, 700.

A Prefeitura são-caetanense informou que segue buscando parcerias com a Caixa Econômica Federal para a construção de conjuntos habitacionais para atender a este público, mas esbarra na dificuldade para encontrar terrenos livres na cidade.




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