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Com deficit, Paço andreense deve R$ 40 mi a fornecedores

Contas do governo Carlos Grana vão fechar com dívida de R$ 130 milhões para 2014

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
14/12/2013 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


Com problemas no fluxo de caixa, a Prefeitura de Santo André possui dívida de aproximadamente R$ 40 milhões somente com fornecedores neste fim do primeiro ano de mandato do prefeito Carlos Grana (PT). O governo petista admite os pagamentos atrasados e que, atualmente, quita o passivo ainda de outubro. “Começamos a atrasar o pagamento em setembro. Virou bola de neve. Provavelmente em fevereiro vamos pagar dívidas de dezembro”, alegou o secretário de Orçamento e Planejamento Participativo, Alberto Alves de Souza.

O titular analisou que é possível resolver esse impasse econômico no primeiro semestre do ano que vem. “Vamos precisar de medidas de ajustes orçamentários”, declarou Alberto, acrescentando que um dos procedimentos adotados pelo governo será o congelamento de programas. “Ao invés de valores (como o deste ano, na margem de 30%), todas as secretarias terão seus custeios e projetos para tocar. Alguns serão contingenciados. Conforme entrar mais recursos, liberaremos mais projetos.”

Diante da situação, a Prefeitura estima ganhar ‘fôlego’ apenas a partir de março. “Em janeiro e fevereiro, com entrada de IPTU e IPVA, teremos mais Orçamento”, justificou o secretário. Para piorar o caso, o governo prevê receber R$ 400 milhões a menos de receita direta, conforme levantamento. A expectativa do Paço é que a arrecadação total chegue ao patamar máximo de R$ 1,1 bilhão.

A administração fechará o exercício vigente com deficit financeiro da ordem de R$ 130 milhões, empurrando o saldo negativo para 2014. O integrante do alto escalão do Paço jogou a culpa do débito para o ex-prefeito Aidan Ravin (PSB). “Todas as ações que fizemos de revisão de contrato e de redução do custeio (da máquina pública) não foram suficientes para diminuir o rombo que o governo Aidan deixou”, disse Alberto. No início deste ano, a gestão anunciou ‘herança maldita’ de R$ 117,3 milhões.

CONTRAPONTO

Aidan rebateu as acusações firmadas pelo petismo, sustentando que quando assumiu a Prefeitura, em 2009, havia passivo de R$ 700 milhões de precatórios, caixa de pensões falida com débito de todos os impostos e Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), com R$ 22 milhões. “Fui negociando e pagando sem comprometer o Orçamento da cidade. Vejo apenas desculpas deste governo e irresponsabilidade de acusar sem provas.”




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