Em relação ao tamanho com que saíram das urnas, houve partidos que incharam, como o Partido Social Cristão, que de um eleito passou para sete deputados. Outros encolheram, a exemplo do Partido da Mobilização Nacional, que perdeu seus dois eleitos e não é mais representado na Câmara dos Deputados.
A maior perda ocorreu no PSDB, que caiu de 63 para 50 deputados. Depois dele, foi o PFL quem mais encolheu: cedeu oito deputados para outros partidos nos últimos 12 meses. O PT permaneceu praticamente com a mesma dimensão - a bancada passou de 91 a 90 integrantes.
As bancadas apresentaram três fotografias distintas em 2003: a composição antes da posse; a que iniciou a legislatura; e a atual, depois de passado o prazo de filiação para as eleições municipais do próximo ano. Nesses três momentos, os partidos configuraram-se nas seguintes posições, em relação ao número de deputados: PT (91/90/90); PFL (76/75/68); PMDB (70/69/77); PSDB (63/63/50); PPB, atual PP (43/43/49); PTB (41/41/52); PL (34/33/43); PSB (28/28/20); PPS (21/21/21); PDT (18/17/13); PCdoB (12/12/10); Prona (6/6/2); PV (6/6/6); PMN (2/2/0); PSL (1/1/1); e PSC (1/1/7).
Ondas - A primeira onda de mudanças partidárias, entre a eleição e a posse dos parlamentares, é explicada pelo resultado do pleito majoritário. Muitos deputados procuram realinhar-se à nova correlação de forças políticas, tendo como centro de gravidade os campos do Governo e da Oposição. Esse processo explica, por exemplo, o crescimento das legendas da base aliada nesse primeiro ano de alta popularidade do novo presidente da República.
Já a segunda onda de migrações justifica-se pelo vencimento do prazo de filiação para as eleições municipais do próximo ano. Na esteira dos acordos regionais, os parlamentares que são candidatos tratam de fazer a opção partidária mais viável à disputa. Nesse caso, a troca de partido responde mais a interesses paroquiais do que a alinhamentos ideológicos.
O resultado do pleito municipal também deverá influir na composição das bancadas. Trata-se de uma influência indireta, mais ligada ao cenário que começará a se delinear para as eleições de 2006 - quando voltarão a estar em jogo os mandatos parlamentares.
Com as Agências Câmara e Brasil
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.