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União envia R$ 27 mi a polo tecnológico de Santo André

Recurso, oriundo do Pró-Cidades, servirá para custear obras físicas do projeto de inovação

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
24/07/2020 | 00:01
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André Henriques/DGABC


O Ministério do Desenvolvimento Regional autorizou o repasse de R$ 27,3 milhões de recursos da União para que Santo André possa construir o espaço físico do polo tecnológico. A verba, via Pró-Cidades (Programa Desenvolvimento Urbano), serve para destravar uma discussão que vem desde 2010.

Segundo a pasta, a operação de construção do polo tecnológico integrará pacote de R$ 29 milhões no total do Pró-Cidades, uma vez que a Prefeitura entrará com R$ 1,7 milhão de contrapartida – outras obras foram embutidas no plano.

O objetivo, de acordo com o prefeito Paulo Serra (PSDB), é, enfim, dar a destinação ao terreno onde funcionava parte da empresa Rhodia, no bairro Bangu, comprado há dez anos pela administração andreense por R$ 8,3 milhões à época. A parte física do polo será um centro de inovação.

“O governo federal tem feito esforços para manter investimentos importantes e possibilitar a realização de obras pelo País. Essa é uma orientação clara do presidente Jair Bolsonaro. Com isso, estamos proporcionando a manutenção de empregos, o aquecimento da economia e garantindo mais qualidade de vida à população”, declarou o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, que citou que o dinheiro, além do parque tecnológico, servirá para custear intervenções de de sinalização viária, melhorias na iluminação pública, construção de ciclovia, bicicletários e estacionamentos.

O polo tecnológico foi pensado para ser espécie de incubadora de programas de inovação e foi inspirado em equipamento semelhante de São José dos Campos, no Interior de São Paulo. Entraves com relação à área – houve até denúncia sobre suspeita de superfaturamento na compra do terreno, tese afastada pela Justiça – e sobre linhas de financiamento postergaram os debates nas gestões de Aidan Ravin (Republicanos, 2009-2012) e Carlos Grana (PT, 2013-2016).

No governo do petista, aliás, em 2015, Santo André conseguiu o credenciamento definitivo ao SPTec (Sistema Paulista de Parques Tecnológicos), programa do governo do Estado que atesta a viabilidade do projeto e autoriza o município a buscar recursos para sua implementação. A Prefeitura pleiteou verbas no próprio Estado e no governo federal.

Paulo Serra sustenta que, a despeito das idas e vindas da obra física, o parque tecnológico já existe em Santo André, em ambiente virtual e também em empresas andreenses – como Solvay, Braskem, Prometeon e Tim. Existe um portal específico (http://www3.santoandre.sp.gov.br/parquetecnologico), que oferece serviços às empresas da região que buscam melhoria nos negócios. O site foi lançado no fim do ano passado, pré-pandemia de Covid-19.

“Esse recurso vem em momento importante porque o emprego será a prioridade de 2021, se forem confirmadas as perspectivas da vacina (contra a Covid). Neste primeiro momento, nossa prioridade foi salvar vidas. O emprego será nosso foco e o centro de inovação terá função estratégica no nosso planejamento futuro”, discorreu o tucano. Ele acredita ser possível iniciar as obras ainda neste ano – a licitação para a intervenção deve ser colocada na rua em breve.




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