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Após ‘não’ a Bolsonaro, Câmara dá ‘sim’ a Mourão
Por Fábio Martins
14/03/2020 | 00:01
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Depois de embarrigar debate indicando rejeição ao projeto de decreto legislativo de título de cidadão ao então deputado federal e hoje presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), de autoria de Sargento Lobo (SD), a Câmara de Santo André deu aval na quinta-feira a título de cidadão honorário ao vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), proposto por Rodolfo Donetti (Cidadania). Isso posto, é imprescindível dizer que tudo na vida envolve política e diálogo. Bolsonaro e Mourão são parte da mesma proposta de País. Aliás, os dois são militares, apesar de demonstrarem posturas distintas em série de temas polêmicos durante o mandato. Certo é que, independentemente dos lados do espectro, sempre haverá manifestações de apoio e contrárias a determinada matéria. Faz parte da democracia. Em relação aos autores, por coincidência, ambos os vereadores andreenses são integrantes da PM (Polícia Militar). O primeiro enfrentou resistência e não conseguiu emplacar o texto. Já o segundo teve crivo favorável dos demais pares.

BASTIDORES

Podemos
O Podemos de Santo André, partido do ex-prefeito Aidan Ravin, estará na órbita do atual chefe do Executivo, Paulo Serra (PSDB, foto). Antigo aliado do tucano – desde o período de mandato na Câmara – e secretário adjunto de Esporte do governo, Felipe Melito assumiu, recentemente, o posto de vice-presidente municipal do partido. Há movimentação, inclusive, para que o vereador governista Toninho de Jesus (PMN) se transfira para a sigla nesta janela para ser candidato à reeleição na chapa proporcional. Diante da situação, Aidan, nome a vice do pré-candidato a prefeito Ailton Lima (PSB), procura alternativa viável.

Maus lençóis
Promotor de Justiça, José Luiz Saikali desautorizou o prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), em evento que anunciou acordo do Paço com a FUABC (Fundação do ABC), selado em consonância com o Ministério Público. O ajuste tem vigência de dois anos, o que envolve dívida milionária. Atila evitou falar sobre os desdobramentos do processo para substituir a entidade, que gere os equipamentos de saúde da cidade. Quando questionado sobre o assunto, Atila foi interrompido por Saikali. O promotor disse que o prefeito não pode falar em relação ao caso, pontuando que ao fim do processo ele não estará à frente do Paço, desconsiderando que Atila pode ser reeleito em outubro. Ao perceber a gafe, tentou arrumar a declaração, mas já era tarde.

Cancelamento – 1
A Câmara de Mauá cancelou sessão solene destinada ao Dia Internacional da Mulher. Não é um ato isolado. A situação se dá justamente devido à pandemia do coronavírus. A casa, presidida por Neycar (SD), já avalia restringir a entrada de munícipes para acompanhar os trabalhos dos vereadores. As plenárias costumam atrair público volumoso nas galerias, no intuito de acompanhar a votação de projetos. Não está descartada a hipótese de o cenário também se espalhar por outras cidades da região, visando evitar aglomerações de pessoas.

Cancelamento – 2
Outro cancelamento de evento público foi confirmado em Mauá. A data do ato partidário, denominado PSL itinerante, foi suspensa. A atividade, marcada para ocorrer segunda-feira, no Legislativo, esperava a vinda do presidente paulista da sigla, deputado federal Júnior Bozzella, e o senador Major Olímpio.

Frente contrária
Partidos de oposição ao prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), articulam frente eleitoral para contrapor o projeto governista – o verde ainda não concretizou o nome que irá indicar para a sucessão. Avante, PMB, SD, Patriota, PMN e PSC buscam formalizar essa aliança, mantendo tratativas sobre quem pode encabeçar a chapa majoritária. O grupo avalia, baseado em pesquisas, se o melhor cenário é ter quadro próprio na disputa ou declarar adesão a outra figura já pré-colocada no páreo.  




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