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Santo André vai reformar 17 unidades de Saúde
Maíra Sanches
Do Diário do Grande ABC
10/08/2012 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


A dois meses das eleições municipais, a Prefeitura de Santo André providencia reformas em 17 das 28 UBSs (Unidades Básicas de Saúde) da cidade. Durante a gestão do prefeito Aidan Ravin (PTB), que disputa a reeleição ao Paço, foram feitas várias promessas de revitalizações na rede de atenção primária - que pouco foi modificada em comparação a 2009.

O valor total do investimento é de R$ 4,1 milhões e o prazo para finalização das obras é de até 90 dias, conforme publicação do Diário Oficial de terça-feira, onde também consta o anúncio da construtora vencedora da licitação. A unidade que mais receberá verba é a da Vila Luzita, com R$ 485 mil. Por lá, segundo ambulantes que atuam em frente ao prédio, as intervenções estão em curso há um mês. Ontem à tarde, homens trabalhavam na fachada do prédio, que estava parcialmente fechada. Já o posto de Saúde que ficará com a menor parcela para manutenção é o da Vila Lucinda, com R$ 144 mil.

Em outubro, a Prefeitura distribuiu material publicitário que apontava reformas concluídas ou em andamento em pelo menos 20 unidades. Em março, cinco meses após impressão dos panfletos, 17 dos equipamentos destacados não haviam sofrido intervenções nesta gestão, conforme reportagem publicada pelo Diário. Nenhuma havia sido entregue pelo prefeito. Neste ano, o orçamento da Saúde foi previsto em cerca de R$ 400 milhões.

Quando a Prefeitura anunciou que arcaria com reformas e ampliações nas primeiras 12 unidades da rede de atenção básica, conforme previsão da Secretaria de Saúde anunciada em 2011, o valor do investimento era de R$ 1,2 milhão. No entanto, usuários avaliam como insuficientes as poucas mudanças concluídas e visíveis.

COMPARATIVO

O custo das manutenções varia conforme o tamanho da unidade. Em São Bernardo, onde a Prefeitura entregou 14 UBSs reformadas e ampliadas desde 2009, foram empregados R$ 670 mil na UBS Santa Cruz, que foi reconstruída e ganhou equipamentos e mobília. Já Diadema usou R$ 460 mil em anexo da UBS Conceição para criação de sete consultórios e clínica odontológica.

Procurada durante dois dias, a Prefeitura de Santo André não detalhou o tipo de intervenção programada e se os recursos serão partilhados com o Estado ou governo federal. A administração também não respondeu como funcionará o Hospital de Retaguarda, previsto para substituir o Pronto Atendimento Central até o fim do ano.

UBSs do município têm pichações, rachaduras e mofo

Na manhã de ontem o Diário visitou as instalações de oito das 17 unidades que passarão por reforma nos próximos três meses em Santo André. Por fora, praticamente todas têm estruturas envelhecidas, pichações, portões enferrujados e mato acumulado. Em algumas sequer há placa de indicação de que no endereço consta um posto de Saúde. Onde existe, o tempo praticamente apagou as palavras.

Segundo apurou o Diário, as obras terão efeito de ‘maquiagem'. Funcionários afirmaram que as intervenções resumem-se à troca da pintura e cobertura de rachaduras e bolores. Por dentro das UBSs, no geral, a situação é mais razoável. Há cadeiras utilizáveis e pintura não tão antiga. Em três delas, na Vila Palmares, Parque João Ramalho e Vila Luzita, cartazes pendurados avisam que as unidades estão em obras. Nenhumas delas terá de ser fechada enquanto os trabalhos estiverem em andamento.

Entre as UBSs que receberão melhorias e estão em pior estado de conservação estão as do Parque João Ramalho e Parque Miami. Na última, pichações nos muros já sem tinta estão espalhadas por toda a lateral da unidade. Na Vila Palmares, atendente informou que os trabalhos começarão do lado de fora para dentro. Na Rua José D'Ângelo, onde funciona a UBS do Jardim Bom Pastor, são esperados os materiais para início das reformas. As outras UBSs que não foram citadas e integram a lista de reformas são as das vilas Lucinda, Linda, Humaitá e Helena, além do Parque Novo Mundo e jardins Santo André, Santo Antonio, Irene e Alvorada e a da Cidade São Jorge.




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