Um estudo do Hospital Gafrée e Guinle, no Rio, revelou esta semana o aumento do número de pessoas com mais de 60 anos contaminadas. O estabelecimento calculou que, nos últimos cinco anos, foram registrados no Rio 86 novos casos e quase 2 mil tiveram que ser revisados, para confirmar o diagnóstico.

De acordo com o Ministério da Saúde, 202 novos casos de AIDS foram registrados no Brasil no ano 2000, entre pessoas de mais de 60 anos. Várias vezes, o vírus é confundido com outras doenças, devido ao preconceito dos médicos, que não pedem testes de AIDS a idosos, apontaram responsáveis do hospital do Rio.

Os tratamentos hormonais, as próteses, remédios como o Viagra e outras medidas alongam a vida sexual na terceira idade. A maioria dos casos de Aids entre essa parcela da população é registrada entre homens, que representam mais de 75% dos doentes. São pessoas que mantêm relações homossexuais ou que já não têm relação com suas esposas e, por isso, não chegam a contaminá-las.

No Brasil, existem 580 mil soropositivos. Destes, 100 mil recebem gratuitamente um coquetel de medicamentos, que reduziu em 40% a mortalidade e custa anualmente ao governo US$ 300 milhões.