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Aulas de música motivam crianças a irem à escola

Ensino da arte também colabora para o desenvolvimento em sala de aula e trabalha aspectos sociais e psicomotores

Por Flavia Kurotori
Do Diário do Grande ABC
10/11/2019 | 07:31
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Motivação, felicidade e diversão são os principais sentimentos indicados por crianças que participam de aulas de música quando questionadas sobre o que acham do ensino da arte na escola. Seja na grade regular, em disciplinas eletivas ou no contraturno, cinco prefeituras da região oferecem alguma oficina deste tipo na rede municipal – Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra não informaram até o fechamento desta edição.

Estudante do 5º ano do ensino fundamental, Régis Matheus de Oliveira, 10 anos, afirma que o principal incentivo para ir à Emeb Dom Benedito Paulo Alves de Souza, em São Caetano, às quintas-feiras, é a oficina de percussão. “É muito bom porque me solto, me divirto e faço novos amigos”, pontua. O entusiasmo é observado pela mãe, a diarista e cuidadora Adriana Ribeiro de Oliveira, 49. “Ele ama a escola e dizer que ele não pode ir é como deixá-lo de castigo.”

Outra integrante do grupo é Sabrina Gomes Santana, 11, também do 5º ano. “Desde que comecei me sinto mais feliz e é muito legal, porque faço música com meu próprio corpo”, explica. “Participar das oficinas também me ajudou nas outras aulas, já que abriu minha mente para ser mais criativa”, adiciona. A mãe, Marcilene Gomes Pereira, 31, cozinheira, concorda e garante que a menina está mais motivida desde que começou a frequentar a disciplina optativa.

Aluna no 4º ano, Manuela Diniz Nangeth, 9, avalia que a disciplina é ótima, pois ela tem algo para fazer durante o intervalo do almoço. “Não gosto de ficar parada e é mais legal saber que tenho algo para fazer do que ficar procurando alguma atividade”, relata. “Ela se sente muito bem e é uma ação extra que ajuda a formar a criança como cidadã”, assinala a mãe Gioconda Moura, 38, professora.

O docente de música Gledson Xavier da Silva explica que as oficinas de percussão auxiliam na coordenação motora, dicção e raciocínio lógico. “Também trabalhamos aspectos colaborativos, já que as atividades são baseadas em sugestões dos estudantes conforme músicas que ouviram”, assinala. “É nítida a evolução dos alunos no decorrer do ano, desde postura corporal e oralidade até a concentração em avalições pedagógicas.”

Já para os estudantes da Emeb Mário Santalúcia, em Diadema, as aulas de hip hop, promovidas pelo grupo Matéria Rima por meio do programa Cidade na Escola, não apenas divertem, mas também ensinam sobre temas pedagógicos e sociais, como bullying e machismo. “É muito bom porque as rimas têm a ver com as matérias que estamos aprendendo e é mais legal aprender dessa forma”, afirma Thamiris Pereira, 10, do 5º ano. 

“Durante as oficinas, aprendi a não ligar para o que os outros falavam de mim”, relata Larissa Castro, 12, integrante da mesma turma. Em sinergia, a colega Laura Rocha Carvalho, 10, do 4º ano, assegura que as aulas animam as crianças. “Eu não era feliz e, desde a primeira vez, (a oficina) me levantou muito. Eu amo esse projeto.” 




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