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Cetesb encerra serviço de limpeza na Billings
Luciana Sereno
Do Diário do Grande ABC
12/12/2004 | 11:40
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A Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) encerrou neste sábado a operação de limpeza dos resíduos de óleo e solventes que tomaram o braço Rio Grande da represa Billings. O vazamento atingiu a represa na quinta-feira e descobriu-se que foi originado em um galpão que funcionava como desmanche clandestino de caminhões, na altura do Km 29 da Via Anchieta.

Nesta segunda-feira, o atual locatário do espaço deve prestar depoimento na Dicma (Delegacia de Investigações de Crimes contra o Meio Ambiente), de São Bernardo. Dois inquéritos estão abertos: um para apurar a suposta atividade ilícita de desmanche e outro para investigar os responsáveis pelo vazamento.

Para finalizar o trabalho de despoluição das águas, os técnicos da Cetesb derramaram água por todo o percurso feito pelo óleo, desde a canaleta do galpão até a canaleta da Estrada Velha. Nesse ponto do trajeto a água foi sugada para retirada dos resíduos. Segundo os técnicos, o processo evita que os poluentes cheguem novamente à Billings. A área da represa onde fica a estação de tratamento da Sabesp continua isolada por bóias de absorção. Esses equipamentos evitam que o óleo se alastre. A Cetesb afirma que o vazamento não causou danos ambientais.

Investigação – No sábado, o proprietário do terreno onde fica o galpão que funcionava como desmanche voltou ao local. Ele reafirmou não ter conhecimento das atuais atividades mantidas no espaço alugado. “É a segunda vez que alugar essa área me dá dor de cabeça”, diz Salvatori Drago. Na tarde de sábado, ele disse ao Diário que antes de locar o galpão desta última vez o espaço foi usado por outro locatário, que realizava leilões de veículos de seguradoras. “O engraçado é que funcionários dessa pessoa não pagavam as seguradoras e também houve problemas.”

Segundo a polícia, antes de servir de espaço para os leilões, o galpão era usado por homens contratados por Salvatori para lavagem de caminhões-tanque.

Salvatori prestou depoimento na Dicma na sexta-feira. Nesta segunda-feira, além de colher o depoimento do atual locatário do galpão, os investigadores devem voltar ao local para realizar uma segunda perícia técnica. O Diário tentou falar por telefone com o atual locatário, identificado pela polícia apenas como Sandro, mas ele não atendeu a reportagem. “Para mim, ele disse que os caminhões no galpão são de seguradoras”, afirma Salvatori.




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