Domingo, às 16h, o goleiro Wilson Júnior, do São Bernardo, vai reencontrar no Pacaembu o Corinthians, equipe em que foi revelado para o futebol. Ele defendeu o clube do Parque São Jorge por oito anos, entre os 14 e 22, mas a história poderia ser mais longa.

Quando subiu para o profissional, era reserva de Ronaldo, ídolo da fiel torcida e que estava há sete anos no clube, mas que não ficaria por muito tempo - sairia em 1998 do Timão.

Porém, a impaciência impediu que Wilson Júnior fizesse carreira no Alvinegro. "Foi mais culpa minha (a saída da equipe). Tive pouca paciência, erroneamente. Várias pessoas pediram para ficar, porque teria minha oportunidade", recordou Wilson Júnior. "Mas não tive maturidade para esperar o meu momento, como fez o Marcos (no Palmeiras) e o Rogério Ceni (no São Paulo). Eles esperaram e eu, não. Poderia ter tido identificação no Corinthians, assim como eles tiveram em seus clubes", destacou.

O goleiro recordou até de uma partida entre Corinthians e São Paulo. "Eu e o Rogério (Ceni) estávamos no banco de Ronaldo e Zetti. E olha que o Rogério é mais velho que eu. Quer dizer, eu tinha mais tempo para esperar", ressaltou o arqueiro.

Mas o jogador também observou que tudo serviu de aprendizado. "Foi bom, porque tive mais humildade em outros clubes e cresci muito com esta atitude errada que tive no Corinthians", frisou o goleiro. "A vida é assim e, graças a Deus, voltei a uma equipe grande depois (defendeu o Botafogo do Rio, em 1999)."

O goleiro ainda destacou que o Timão é um clube especial em sua carreira, que conta com mais 14 agremiações no currículo.

"Foi lá que aprendi a ser gente e me educaram para a vida. Tenho carinho enorme pelo Timão e sempre terei", disse o goleiro.

O jogador e o restante do elenco realizam hoje o penúltimo treinamento para o confronto, no Estádio 1º de Maio. Amanhã, o técnico Wagner Lopes decide a equipe que encara o Timão.