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Sinduscon pede estímulo para moradia popular
Por Cristiane Bomfim
Do Diário do Grande ABC
27/02/2008 | 07:02
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Com base em um estudo desenvolvido pela FGV Projetos (Consultoria da Fundação Getúlio Vargas), a Sinduscon e outras 17 entidades filiadas à CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) entregarão nesta quarta-feira à secretária nacional da Habitação, Inês Magalhães, um documento com propostas para uma política racional de habitação, que tem o nome de Moradia Para Todos.

De acordo com o estudo encomendado pela Sinduscon, em 2020 o Brasil terá um déficit habitacional de 27,7 milhões de unidades. Para atender a demanda futura será necessário construir 2 milhões de casas populares anualmente – a partir deste ano. No ABC, a estimativa é que faltem entre 80 mil e 100 mil casas. O levantamento mostra que 95,8% da falta de moradias no País está concentrada nas famílias que recebem até seis salários mínimos.

“A iniciativa privada está pronta para o desafio de construir as moradias necessárias até 2020. Entretanto, é preciso que o governo federal defina e implemente essa política, proporcionando ao investidor em habitação de interesse social a mesma segurança que estimula o investidor do mercado imobiliário desde 2004”, afirma o presidente da Sinduscon, João Cláudio Robusti,

O crédito consignado para a compra de imóveis é um dos principais pontos discutidos no documento. “Este mecanismo faz com que a prestação seja descontada no salário. Isso diminui o risco de inadimplência e, conseqüentemente, a queda dos juros”, explica a diretora da Regional da Sinduscon no Grande ABC, Rosana Carnevalli.

Também fazem parte do documento, propostas como a criação de uma nova modalidade de financiamento com a liberação integral e adiantada do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). “A proposta ainda tem que ser estudada, mas a idéia é que o governo entre com uma parte do financiamento e o valor fosse descontado nos próximos depósitos do FGTS”, explica a diretora da Regional da Sinduscon no Grande ABC, Rosana Carnevalli.

Já a unificação dos sistemas de consulta do comportamento financeiro do mutuário pode agilizar o financiamento. “Hoje em dia é muito burocrático. É preciso consultar vários sistemas diferentes e tirar várias certidões.”

Outro item apresentado é a redução da carga tributária imposta às construtoras e incorporadoras. “Se estes impostos fossem reduzidos, o valor dos imóveis ficaria mais baixo e atingiria a maior parte da população que sofre com o déficit habitacional”, completa.

“Se boa parte das medidas forem aplicadas, o problema de habitação pode ser sim erradicado”, comenta Rosana.Quanto às expectativas a respeito da entrega do documento em Brasília, ela afirma que são boas. “Temos sentido boa vontade do governo em resolver o problema de habitação.”




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