As vitórias de Carlos Grana à Prefeitura de Santo André e de Donisete Braga ao Paço de Mauá resultaram na menor bancada do PT do Grande ABC desde a fundação do partido, em 1980. O grupo petista com base eleitoral na região é representado apenas por Ana do Carmo, que tem reduto em São Bernardo.

A trajetória do petismo na Assembleia Legislativa teve início em 1982, com a eleição de dois deputados oriundos da sete cidades. José Cicote, de Santo André, recebeu 81.118 votos, enquanto Expedito Soares, de São Bernardo, arrebatou 62.845 sufrágios.

Cicote foi reeleito em 1986, desta vez com 37.865 votos, e, dois anos depois, se tornou vice-prefeito de Santo André na chapa encabeçada por Celso Daniel (PT). Expedito Soares, um dos fundadores do PT, também renovou seu mandato em 1986.

A história do PT da região no Parlamento paulista continuou a ser escrita, em 1990, por outros três quadros da sigla. Luiz Carlos da Silva, o Professor Luizinho, de Santo André, obteve 18.062 sufrágios. São Bernardo foi lembrada por Wagner Lino, suplente que chegou a 11.556 votos e assumiu a vaga durante mandato.

A novidade ficou por conta de Ivan Valente. Com base eleitoral em São Caetano, ele recebeu 19.885 adesões. Hoje, é um dos expoentes do Psol, deputado federal e um dos mais críticos do petismo.

Em 1994, a bancada petista do Grande ABC foi formada por Wagner Lino novamente (16.959 votos) e Djalma Bom (21.193), sindicalista do tempo em que o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva comandava o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

Quatro anos depois, outros dois nomes representaram a região na Assembleia: o ex-prefeito de Diadema José de Filippi Júnior (52.216 votos) e Vanderlei Siraque (38.937), então vereador de Santo André.

O bloco foi reforçado dois anos depois, com a vitória de Filippi na corrida eleitoral ao Paço diademense e o triunfo de Elói Pietá (PT) na campanha à prefeitura de Guarulhos. Wagner Lino conquistou o terceiro mandato de deputado e o vereador de Mauá Donisete Braga chegou pela primeira vez ao Legislativo paulista.

Em 2002 e 2006, a bancada da legenda foi constituída pelos mesmos nomes: Ana do Carmo, Donisete, Siraque e o novato Mário Reali, de Diadema. Em 2008, Siraque e Reali se desligaram da Assembleia para concorrer aos Executivos de Santo André e Diadema, respectivamente, e somente o diademense saiu vitorioso.

Três anos atrás, Donisete e Ana do Carmo conseguiram se reeleger e ganharam adesão de Carlos Grana, apadrinhado de Lula.