Setecidades Titulo Após 30 horas
Subida da Imigrantes
é liberada ao tráfego

A iluminação dos túneis da rodovia, porém, registram alguns
problemas e não há nenhuma previsão para restabelecimento

Bruna Gonçalves
Do Diário do Grande ABC
25/02/2013 | 07:00
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A pista Norte da Rodovia dos Imigrantes foi liberada à meia noite de ontem, após ficar cerca de 30 horas interditada por causa de deslizamento de terra no km 52. A Ecovias, concessionária que administra o Sistema Anchieta-Imigrantes, informou que não houve danos na estrutura da rodovia e a decisão da reabertura foi tomada depois da avaliação de engenheiros da concessionária e especialistas em geotecnia.

Parte da encosta cedeu na tarde de sexta-feira devido ao grande volume de chuva, matando a moradora da Capital Lilian Aparecida de Souza, 43 anos, e atingindo 23 carros e um caminhão.

O Diário percorreu a Imigrantes na manhã de ontem. O motorista não enfrentava problemas de congestionamento nos dois sentidos. Já na descida, no trecho de serra, era possível observar os deslizamento nas encostas. Parte do verde da Serra do Mar se transformou em rastros de lama. Árvores e pedras se deslocaram, causando mudanças na paisagem. O retorno à Capital não foi diferente e os vestígios da força da natureza se intensificaram, com a presença de várias quedas de barreira.

Entre os túneis 10 e 11 - local do acidente - a curiosidade dos motoristas aumentava. Pedras encostadas na pista, árvores tombadas, poste caído e outras marcas do deslizamento de terra ainda compõem o cenário da tragédia. Um funcionário da Ecovias estava presente no local para evitar que motoristas reduzissem a velocidade.

Os túneis da subida da serra ficaram sem iluminação ontem por causa de problemas de fornecimento de energia da concessionária responsável da região. Não havia previsão para o restabelecimento.

LEMBRANÇAS

Para quem estava no início da rodovia rumo à Capital na sexta-feira, a tensão foi grande. O motorista de van da Praia Grande Rodnei Soares Gomes, 37 anos, seguia pela Imigrantes como de costume até se surpreender com o trânsito. "Chovia forte e logo soube do acidente, mas não imaginava a dimensão. Os passageiros começaram a ficar apreensivos. Também fiquei porque não sabia o que podia acontecer, mas precisava tranquilizá-los", diz Gomes, que levou oito horas para chegar à São Paulo.

Para alguns, o acidente serviu de alerta. "Vou evitar pegar a estrada com chuva. Foi fatalidade, mas a gente nunca sabe", diz o analista Fabrício Rodrigues, 27, de São Paulo.

CONSEQUÊNCIAS

Era para ser mais um passeio de domingo pelo Parque Estadual da Serra do Mar até Cubatão, mas um grupo de ciclistas não conseguiu prosseguir por causa das consequências da chuva. Eles estavam em uma das entradas do parque na Imigrantes, próximo ao km 49, que foi tomada por terra, árvores e muita lama. "Em alguns trechos foi preciso carregar a bicicleta para conseguir passar", diz o analista de sistemas Natanael Pantoja, 28, de São Paulo, que fazia o percurso pela primeira vez.

O funcionário público Rubens de Campos, 51, também da Capital, faz o passeio há 20 anos e nunca viu cenário parecido. "Era impossível continuar."




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