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Santo André reajusta tarifa de água
Giba Bergamim Jr.
Do Diário do Grande ABC
17/02/2005 | 13:53
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A partir de março as contas de água e esgoto das residências, estabelecimentos comerciais e industriais ficarão em média 17% mais caras em Santo André. O reajuste foi oficializado quarta-feira pela Prefeitura. O último acréscimo de tarifa de água na cidade ocorreu em julho de 2003. Este é o terceiro aumento do preço da água nos últimos três meses em municípios do Grande ABC.

Segundo o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), o objetivo é “corrigir distorções de valores para as faixas de consumo e garantir a qualidade dos serviços essenciais à população”. O superintendente da autarquia, Sebastião Ney Vaz Júnior, destaca que o custo da água tratada repassada pela Sabesp aumentou em cerca de 30% nos últimos dois anos. “A gente vem segurando nossos custos e, em 2004, não repassamos nenhum reajuste”, argumentou Vaz Júnior.

A justificativa do governo municipal para a recomposição tarifária é a defasagem entre a inflação acumulada de janeiro de 1999 a dezembro de 2004 – 131,98%, segundo o IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado) – e o reajuste médio de 53% nas tarifas do Semasa. O superintendente defende que as tarifas de água e esgoto de Santo André são as menores da região. Segundo o executivo, a faixa de contribuintes menos afetada é a residencial, que consome em média de 10 a 20 metros cúbicos por mês. As duas categorias representam 80% dos consumidores.

As contas de água e esgoto na cidade são baseadas na soma dessas duas tarifas e das taxas de drenagem, coleta e varrição. Segundo a autarquia, a média de aumento das tarifas será em torno de 30%, variando entre as 15 categorias de contribuintes. As três taxas não sofrerão alteração de valor, segundo a Prefeitura; e, por isso, o impacto final nas contas – calculadas por bimestre – estará na média de 17%.

Exemplo – Um morador da rua Aimberê, no Parque Jaçatuba, que consume 24 metros cúbicos por bimestre arcará com aumento de 19,42%. Hoje, as tarifas de água e esgoto residencial no local custam R$ 11,41 por bimestre. As respectivas quantias chegarão a R$ 14,42 para este contribuinte. Já as taxas de drenagem (R$ 3,08), coleta (R$ 4,70) e varrição (R$ 0,40) permanecerão com os mesmos valores. Resultado: a conta bimestral subirá de R$ 31 para R$ 37,02 (veja mais exemplos no quadro ao lado).

Outras cidades – Santo André é a terceira cidade a aumentar as contas de água nos últimos três meses. Em dezembro de 2004, São Caetano elevou em 6,78% a tarifa de residências, comércios e indústrias. Apesar de a Sabesp ter reajustado a água no fim de agosto, às vésperas das eleições municipais, o DAE (Departamento de Água e Esgoto) só repassou o aumento ao consumidor no fim do ano.

As cidades de Rio Grande da Serra e Ribeirão Pires, abastecidas diretamente pela Sabesp, reajustaram as tarifas logo que a rede pública anunciou o aumento, que, como em todos os anos, ocorre em julho ou agosto. São Bernardo também é abastecida diretamente pela companhia estadual e deve ter suas contas reajustadas até a metade do ano.

Os contribuintes de Diadema também vão receber contas de água mais caras a partir de março. A Saned (Companhia de Abastecimento de Diadema) aumentou a tarifa da água e esgoto em média 23,5%. A justificativa é semelhante à de Santo André: os reajustes não são feitos há dois anos e, nesse período, houve aumento das despesas gerais, o que provocou o desequílibrio em 30% do orçamento. Mauá ainda não anunciou aumento.

Readequação – A Prefeitura de Santo André pretende modificar a forma de cobrança das tarifas de água até o fim do ano. De bimestral, a conta passará a ser mensal. A cidade é a única da região que adota esse método.

A cada dois meses, os funcionários do Semasa fazem a leitura dos 160 mil hidrômetros da cidade. O valor aferido é válido para os dois meses seguintes. A autarquia planeja aumentar o número de funcionários que fazem a leitura e passar a emitir as contas todo mês.



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