Política Titulo ACORDO EM S.BERNARDO E DIADEMA
Lava Jato atinge JBS, fornecedora da região

Multinacional pagou R$ 200 mil à empresa de ex-deputado André Vargas, preso na semana passada

Por Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
15/04/2015 | 07:00
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Quebra de sigilo da Limiar, administrada pelo ex-deputado federal André Vargas (ex-PT), preso na semana passada em razão de investigações da Operação Lava Jato, mostrou que a empresa de fachada recebeu pagamento de R$ 200 mil da JBS, holding da Friboi, sem comprovar execução de serviços, segundo o jornal o Estado de S.Paulo. Para o juiz federal Sérgio Moro, que conduz o caso, a companhia precisa ser investigada para afirmar se a movimentação é ou não ilícita.

Na região, a multinacional mantém vínculo com as prefeituras de Diadema e São Bernardo, administradas por Lauro Michels (PV) e Luiz Marinho (PT), respectivamente, para fornecimento de alimentos.

Com o Paço de São Bernardo, a JBS firmou o segundo contrato em 2012, coordenado pela secretária de Educação, Cleuza Repulho, no valor inicial de R$ 4,58 milhões, para compor o cardápio da merenda na rede municipal de Educação. Desde 2010, a multinacional recebeu R$ 18 milhões, sendo R$ 3,9 milhões repassados entre 2014 e este ano.

O TCE (Tribunal de Contas do Estado), inclusive, questiona o critério utilizado na concorrência de menor preço global, que pode ter afastado interessados no processo. Outro ponto contestado é que uma empresa concorrente – a Fridel – não aparece nos registros oficiais da licitação entregues ao TCE. O caso ainda está em tramitação.

Em Diadema, a Iotti Grife da Carne Ltda venceu ata de preços para fornecer carne e tem a JBS como principal fornecedoras do alimento. O contrato com o governo Lauro Michels evolve a quantia de R$ 7,8 milhões.

Na decisão, o juiz apontou que o quadro social da empresa Limiar foi composto por André Vargas e pelo irmão Leon Vargas entre 2009 e 2012. A empresa teve um empregado registrado entre 2011 e 2012. Leon Vargas foi preso temporariamente na sexta-feira.

O ex-deputado é investigado por quatro frentes da Lava Jato, acusado de lavagem de dinheiro e corrupção. O envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, pivô dos desvios da Petrobras, gerou a cassação do mandato e expulsão de Vargas do PT.  




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