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Nos braços de Sampa

História de amor e arte de Dalva de Oliveira e Herivelto Martins ganha moderna exposição; abertura é amanhã

Por Thiago Mariano
Do Diário do Grande ABC
08/10/2009 | 07:00
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Por mais que o romance de Dalva de Oliveira e Herivelto Martins não tenha vingado, podemos dizer que as suas histórias combinadas foram e continuarão sendo sucesso. Confirma a máxima a abertura da exposição "As Estrelas Dalva de Oliveira e Herivelto Martins Nos Braços de Sampa", amanhã, às 19h30 na Caixa Cultural, em São Paulo.

Com exposição fotográfica e de arquivos de vídeo e revistas do período, o especial remonta toda a história do casal mais famoso do período romântico da música brasileira.

Três shows do filho do casal, o cantor Pery Ribeiro, amanhã, às 20h30, e sábado e domingo, às 19h, completam a programação.

Acessíveis, telas com a tecnologia touch screen tomam lugares dos objetos expostos e a partir do toque revelam histórias da carreira e músicas dos dois artistas. Fotos e revistas completam o acervo.

A exposição remonta o início da carreira de Dalva e Herivelto, com a formação do Trio de Ouro, responsável por sucessos como Ave-Maria no Morro e A Bahia Te Espera, e segue até além da fatídica separação.

O ápice do sucesso do casal veio depois do desquite. A imprensa e o público transformaram a arte de Dalva e Herivelto em um ringue, onde os golpes eram as palavras.

Se Dalva cantava "Que Será?" era porque não tinha esquecido o ex-marido. Herivelto, por sua vez, cada hora que compunha uma canção, a exemplo de Palhaço, era porque andava sofrendo o desamor.

"Eles foram o aquecimento da música romântica. Principalmente depois da separação. Contavam sua história, seu amor, através da arte", destaca a curadora da exposição Anna Vacchiano.

SHOW - Pery, que apesar do estilo musical grandiloquente dos pais, seguiu carreira na bossa nova, sobe ao palco para entoar sucessos como "Tudo Acabado", "Segredo" e "Caminhemos". Os agudos de Dalva ficam só na memória, mas o trabalho de transformar a voz tão condicionada a cantar a suavidade bossanovista em um vozeirão capaz de chegar ao estilo dos cantores de rádio foi um dos maiores desafios do cantor: "São canções que requerem um pouco mais de colocação e potencial de voz. A bossa nova é mais intimista, e as canções de amor mais derramadas. Não só as letras mudam, a interpretação ganha mais vigor", ressalta.

As Estrelas Dalva de Oliveira e Herivelto Martins Nos Braços de Sampa - Exposição e Show. Caixa Cultural - Praça da Sé, 111. Tel.: 3321-4400. Até 22 de novembro. Grátis

Globo contará história

A conturbada relação da cantora com o primeiro marido e grande parceiro musical é o tema da minissérie em cinco capítulos Dalva e Herivelto, que estreia em janeiro na Globo. O texto é de Maria Adelaide Amaral e a direção de núcleo é de Dennis Carvalho.

Adriana Esteves ficou com o papel de Dalva. Fábio Assunção, de volta após período em clínica de reabilitação, interpreta Herivelto Martins.

Os artistas foram casados por 13 anos e Martins impulsionou a carreira da mulher. A parceria, porém, trouxe muito sofrimento para Dalva na vida pessoal. As constantes escapadas do marido eram notórias. No elenco ainda estão Maria Fernanda Cândido, como Lurdes, pivô da separação, e Denise Weinberg, que faz a mãe da cantora. (Ângela Corrêa)




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