Economia Titulo Opiniões diferentes
Abe e Shirakawa divergem sobre como bater deflação
07/02/2013 | 02:16
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A disputa entre o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, e o presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla me inglês), Masaaki Shirakawa, continuou nesta quinta-feira. Os dois líderes discordaram sobre quais medidas devem desempenhar o papel principal para tirar a economia da deflação e levá-la para um crescimento sustentável.

 

Shirakawa disse ao Comitê de Orçamento da Câmara Baixa que estimular o potencial de crescimento da economia através de vários agentes econômicos - incluindo o governo e o setor privado - é a chave para superar anos de deflação.

 

"Como membro do banco central, partilho a preocupação de que, se outras medidas não se materializarem e se a política monetária sozinha tiver de desempenhar um papel importante no estímulo do potencial de crescimento da economia e de superar a deflação, a economia enfrentará vários riscos e distorções", disse ele.

 

Mas o primeiro-ministro afirmou ao mesmo comitê que ele não concorda com a convicção de alguns economistas e formuladores de políticas do BoJ de que a queda da população ativa no Japão, assim como o número de consumidores, é a raiz do contínuo declínio de preços.

 

"A deflação é uma questão sobre a quantidade de moeda, então a política monetária deve desempenhar o papel principal", disse Abe.

 

Em seu depoimento ao parlamento, Shirakawa negou que ele tivesse dito a outros membros do conselho de política monetária do BOJ na reunião em janeiro que o banco central teria de aceitar uma meta de inflação de 2%, a fim de impedir que o governo de Abe tentasse reformular a lei do Banco do Japão.

 

O presidente do BoJ ressaltou que mandato legal do banco é visar "alcançar a estabilidade de preços, contribuindo assim para o bom desenvolvimento da economia nacional".

 

"Mas não estamos ignorando o emprego e o crescimento econômico", disse ele.

 

Em sua campanha pelo "ousado" relaxamento monetário, Abe disse que vai deixar o BoJ responsável por um mercado de trabalho mais estável, mas o ministro de Finanças, Taro Aso, que também é um ex-primeiro-ministro, afirmou que o governo é responsável pela criação de emprego. As informações são da Market News International.




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