Política Titulo Câmara
Painel de votação quebra outra vez

Instalado em 1999, quadro para de funcionar de novo; Legislativo vai comprar outro

Júnior Carvalho
Especial para o Diário
22/03/2014 | 06:35
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André Henriques/DGABC


O painel de votação da Câmara de Santo André voltou a gerar dor de cabeça para o Legislativo andreense. Há duas semanas o equipamento parou de funcionar de novo e, segundo o presidente da Casa, Donizeti Pereira (PV), não há mais conserto. O parlamentar admitiu a possibilidade de abrir licitação para compra de um novo.

Enquanto isso, as votações têm seguido o clássico formato de chamada nominal dos parlamentares. “O pessoal que fazia a manutenção disse que as peças que precisavam ser trocadas nem são fabricadas mais”, afirmou Donizeti. O verde, no entanto, reconheceu não saber quanto custará um novo quadro eletrônico. “Vamos fazer um estudo dos valores e verificar a viabilidade financeira da Câmara”, justificou o presidente.

Desde 1999, quando foi comprado, o painel da Câmara de Santo André tem sido alvo de polêmicas. Além de frequentes falhas, o equipamento foi pivô de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar suposto superfaturamento na aquisição do produto. Responsável pela compra à época, o então presidente da Casa Israel Santana (ex-PL) foi condenado por, segundo a Justiça, ter desembolsado R$ 14 mil a mais que o valor de mercado.

Além dos problemas na compra do equipamento, há registros de que o painel só tenha sido usado efetivamente a partir de 2007, oito anos depois de ser adquirido pela Câmara. Nesse meio tempo, a ferramenta – responsável por registrar a votação individual dos projetos – teria sido ligado apenas em testes. “Acho importante (a presença do painel eletrônico), pois torna o processo de votação mas ágil e seguro. Assim, nenhum voto pode ser registrado equivocadamente”, salientou Donizeti.

Não é só o painel eletrônico que é antigo na Câmara andreense. O próprio mobiliário apresenta anos de uso. As instalações do plenário, inclusive, dificultam a agilidade das sessões. Para que um munícipe deixe os assentos para subir à tribuna, por exemplo, é necessário levantar uma tábua de madeira para liberar a passagem. Caso contrário, só contornando o lado de fora do plenário.

OUTRAS CIDADES
Em São Bernardo, sob a gerência de Hiroyuki Minami (PSDB), o Legislativo comprou um painel eletrônico por cerca de R$ 600 mil. A tecnologia do equipamento permite que o parlamentar registre o voto de qualquer mesa do plenário, por meio da biometria. O mesmo equipamento é usado na Câmara dos Deputados e no Senado.
O painel anterior gerou confusão quando registrou sufrágio de um vereador que não estava presente na sessão.
 




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