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Mecânico mata a mulher e se suicida em Santo André
Do Diário do Grande ABC
15/05/2005 | 15:11
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O mecânico Oscarlino Teixeira Marques, 64 anos, se matou na tarde de sexta-feira em Santo André depois de matar a facadas a mulher, Aparecida Ramos Marques, da mesma idade. É o que afirma a vizinha do imóvel onde o casal morava, na avenida Tibiriçá, no bairro Homero Thon. A polícia ainda não sabe o que motivou o homicídio seguido de suicídio. Os corpos devem ser enterrados neste domingo, às 10h, no Cemitério Jardim da Colina, em São Bernardo. Marques e Aparecida tinham cinco filhos.

A mãe de Marques, B.M., 84 anos, estava na casa quando o filho e a nora iniciaram uma discussão, por volta das 17h de sexta-feira. Até sábado à tarde, não se sabia a razão pela qual o casal discutia. Enquanto B. saiu em busca de socorro, Marques teria cortado a garganta de Aparecida com uma faca grande, do tipo usado para cortar carnes.

A dentista M.A., 46 anos, trabalhava em seu consultório, que fica na parte da frente do terreno onde morava o casal, quando ouviu o chamado de B.. Ela foi a primeira a chegar ao quarto onde o corpo da dona-de-casa estava esfaqueado e coberto por sangue. "A mãe de Paraná (como o mecânico era conhecido) saiu gritando por socorro e então corri para lá. Quando cheguei, a mulher já estava morta e o Paraná, ajoelhado ao lado do corpo chorando muito." Próximo a eles, estava a faca que teria sido usada no crime.

"Enquanto esperava por socorro, tentei várias vezes tirá-lo de lá, mas ele não me ouvia", conta a dentista que acabou abandonando o local quando viu o mecânico pegar a faca novamente e começar a desferir golpes contra si mesmo. "Em princípio, achei que ele iria me atacar e fiquei com medo. Fui saindo devagar do quarto, mas continuei com os olhos pregados nele. Consegui ver quando se esfaqueou pelo menos três vezes."

Informações preliminares dos médicos que socorreram Marques são de que ele atingiu o pulmão e a traquéia. "Quando o resgate chegou ele estava vivo e tentava falar, mas era impossível entender", explicou a dentista. O mecânico foi operado, mas morreu cerca de três horas após dar entrada no hospital. O caso foi registrado no 4º Distrito Policial, no bairro Jardim.

Família – O casal morava na casa aos fundos do consultório dentário há 13 anos. Segundo a dentista, nas últimas duas semanas Marques e Aparecida discutiam freqüentemente. A família não quis falar com a reportagem. Durante o velório, os corpos eram mantidos em salas separadas. No momento em que o Diário esteve no local, ninguém velava o corpo de Marques.




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