A OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil) formalizou no domingo um protocolo de adesão à Campanha Nacional de Desarmamento, em parceria com a Secretaria de Estado da Segurança Pública, a PF (Polícia Federal) e a ONG (Organização Não-Governamental) Instituto Sou da Paz. A OAB aposta na aprovação da proposta do Ministério da Justiça de prorrogar a coleta de armas até junho do próximo ano.

O prazo inicial para encerramento da campanha é o próximo dia 23. “Se o ministro Márcio Thomaz Bastos conseguir a verba suplementar de R$ 10 milhões, em janeiro nossas subsecções poderão servir de postos de coleta. Com certeza as do Grande ABC integrarão a rede”, disse o coordenador da Comissão de Direitos Humanos da OAB-SP, Hédio Silva Júnior.

Segundo ele, o voto de confiança à ação pelo desarmamento é baseada nos indicadores dos órgãos governamentais, de que a cada 10 homicídios, metade acontece entre pessoas que já se relacionavam anteriormente. “A campanha nunca teve a pretensão de acabar com o crime organizado, mas sim combater o crime praticado pelo vizinho, que geralmente não vira notícia.”

Região – No Grande ABC, a campanha continua em três postos de coletas, nas sedes das guardas municipais de São Caetano, Diadema e Mauá (veja endereços logo abaixo). Somente a de São Caetano deverá encerrar a arrecadação antes do prazo estipulado pelo governo federal, no próximo dia 17.

Cada arma entregue prevê indenização de R$ 100 a R$ 300. Os pagamentos, de responsabilidade da Superintendência da Polícia Federal de São Paulo, estão demorando mais de dois meses.