Economia Titulo Região
Faturamento do setor de hospedagem cai 90%

Novo coronavírus afeta os 170 estabelecimentos da região, que empregam 2.300 trabalhadores

Tauana Marin
do Diário do Grande ABC
08/04/2020 | 00:06
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Denis Maciel/DGABC


O setor hoteleiro do Grande ABC (que inclui hotéis, pensões e motéis) amarga queda de aproximadamente 90% no faturamento desde o início da quarentena, determinada pelo governo do Estado e iniciada no dia 24 de março como medida de combate à expansão do novo coronavírus. A maioria dos estabelecimentos está fechada, e os que não estão recebem poucos hóspedes.

De acordo com o presidente do Sehal (Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação do Grande ABC), Beto Moreira, a queda na receita deve ser ainda maior. “Isso porque ainda não faz 30 dias desde que o comércio e o setor de serviços foram fechados.”

Nas sete cidades há cerca de 170 estabelecimentos de hospedagem, que empregam 2.300 trabalhadores, aproximadamente. “Não ouvimos falar em demissões ainda. Os empresários do setor estão concedendo férias antecipadas ou vencidas, até porque, mesmo as demissões geram custo. Quem sabe a situação não se normaliza antes do esperado.”

Ainda segundo Moreira, outra questão que é levada em conta é a mão de obra qualificada. “Se as pessoas forem mandadas embora, quando a situação normalizar como iremos preencher as vagas em funções que requerem capacitação e treinamento?”, questiona. Por isso, o Sehal está dando essa indicação aos empresários e redes hoteleiras, a fim de minimizar o desemprego e, consequentemente, a questão social das famílias.

Moreira explica que muitos hotéis do Grande ABC, que disponibilizam espaço para o turismo de negócios – receber integrantes de empresas para reuniões e eventos –, estão com os contratos suspensos ou postergados. “O grande problema é que o setor já atravessava momento ruim desde o ano passado. Nesses primeiros meses estávamos iniciando uma pequena recuperação.”

O dirigente afirma que está em contato com os municípios para saber se há como afrouxar a medida de fechamento e reabrir os estabelecimentos de forma gradual, seguindo as recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde).

O Diário entrou em contato com dez estabelecimentos do gênero, mas não obteve retorno, comprovando que estão fora de operação.

SOLIDARIEDADE
Com dez unidades na região, a operadora francesa de hotéis Accor vai disponibilizar tarifa solidária para parcerias com hospitais e governos. No Brasil, por exemplo, uma das modalidades do apoio é para hospitais que precisam hospedar profissionais que estão na linha de frente no combate à Covid-19. Entram nesse programa as unidades do Mercure de Santo André e São Caetano.

Em quarentena, população faz filas em agências bancárias

O quinto dia útil do mês,quando muitas pessoas recebem salários e benefícios, assim como a proximidade com o feriado da Páscoa e a Sexta-feira Santa fizeram com que as calçadas em frente a agências bancárias da região fossem tomadas por longas filas, apesar da recomendação para que a população fique em casa, medida adotada para evitar a expansão do novo coronavírus. Para quem mora em Santo André, o feriado pelo aniversário da cidade, hoje, foi motivo a mais para levar mais pessoas aos bancos.

Mesmo com a possibilidade de usar a tecnologia para realizar operações bancárias, muitos, em especial os idosos, ainda recorrem às agências. “O que podemos notar é que, mesmo sendo avisados para que evitem sair de casa, muitos clientes ainda necessitam das unidades físicas”, diz Gheorge Vitti, secretário-geral do Sindicato dos Bancários do ABC.

Segundo ele, mesmo com placas afixadas nas agências com orientações, fora das unidades é difícil controlar a aglomeração. Para ele, seria essencial que as prefeituras reforçassem a fiscalização nas ruas. “Pessoas de baixa renda, que recebem benefícios, por exemplo, também fazem muito uso dos bancos, por isso seria bom que agentes da Vigilância Sanitária, funcionários públicos ou a própria guarda civil fizessem essa fiscalização.”

A empreendedora Leila Mazza, 45 anos, foi uma das pessoas que precisaram ir até o banco ontem. “Tive problemas com meu aplicativo e, para solucionar, tinha que ir na agência de qualquer forma.” Segundo ela, dentro dos bancos as pessoas estão, ao menos, mantendo distância uma das outras, não sentam nas cadeiras, usam máscaras e abrem as portas com a ajuda dos braços e não das mãos. “O problema realmente é do lado de fora.”

O aposentado Geraldo Pereira, 66 anos, também saiu de casa para ir ao banco. “As pessoas precisam entender que não são todos os idosos cujos filhos ficam disponíveis para fazer a correria na rua. Sou um desses. Além disso, não confio na internet, então, uso álcool em gel e uso o carro.”

Entidade prevê pior crise da área automotiva

O quinto dia útil do mês,quando muitas pessoas recebem salários e benefícios, assim como a proximidade com o feriado da Páscoa e a Sexta-feira Santa fizeram com que as calçadas em frente a agências bancárias da região fossem tomadas por longas filas, apesar da recomendação para que a população fique em casa, medida adotada para evitar a expansão do novo coronavírus. Para quem mora em Santo André, o feriado pelo aniversário da cidade, hoje, foi motivo a mais para levar mais pessoas aos bancos.

Mesmo com a possibilidade de usar a tecnologia para realizar operações bancárias, muitos, em especial os idosos, ainda recorrem às agências. “O que podemos notar é que, mesmo sendo avisados para que evitem sair de casa, muitos clientes ainda necessitam das unidades físicas”, diz Gheorge Vitti, secretário-geral do Sindicato dos Bancários do ABC.

Segundo ele, mesmo com placas afixadas nas agências com orientações, fora das unidades é difícil controlar a aglomeração. Para ele, seria essencial que as prefeituras reforçassem a fiscalização nas ruas. “Pessoas de baixa renda, que recebem benefícios, por exemplo, também fazem muito uso dos bancos, por isso seria bom que agentes da Vigilância Sanitária, funcionários públicos ou a própria guarda civil fizessem essa fiscalização.”

A empreendedora Leila Mazza, 45 anos, foi uma das pessoas que precisaram ir até o banco ontem. “Tive problemas com meu aplicativo e, para solucionar, tinha que ir na agência de qualquer forma.” Segundo ela, dentro dos bancos as pessoas estão, ao menos, mantendo distância uma das outras, não sentam nas cadeiras, usam máscaras e abrem as portas com a ajuda dos braços e não das mãos. “O problema realmente é do lado de fora.”

O aposentado Geraldo Pereira, 66 anos, também saiu de casa para ir ao banco. “As pessoas precisam entender que não são todos os idosos cujos filhos ficam disponíveis para fazer a correria na rua. Sou um desses. Além disso, não confio na internet, então, uso álcool em gel e uso o carro.” 




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