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Lula: falta de fidelidade partidária atrasa reforma ministerial
Por Do Diário OnLine
26/02/2007 | 09:50
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A fidelidade partidária – ou melhor, a falta dela – é o principal empecilho para o anúncio da tão aguarda reforma ministerial. Pelo menos foi o que garantiu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na edição desta segunda-feira do programa de rádio 'Café com o Presidente'.

"O problema é que os partidos estão num processo de alinhamento. Eu vejo todo dia pela imprensa, eu converso com as lideranças todos os dias. Eu vejo: tal partido tinha 40, passou para 46, tal partido tinha 50, caiu para 48, tal partido tinha 65, caiu prá 60", disse Lula.

Lula desmentiu a informação de que estaria aguardando apenas a Convenção Nacional do PMDB para fechar as mudanças no primeiro escalão do governo. "Não se trata de aguardar a convenção do PMDB. Eu não tenho compromisso de fazer depois da convenção ou antes da convenção. Esse não é o problema", revelou o presidente.

No entanto, Lula deixou claro que trabalha com afinco para que os peemedebistas se unam internamente."Eu tenho trabalhado com muita insistência para uma unificação do PMDB como um todo na bancada federal no Senado. Todo mundo sabe da importância do PMDB para consolidar a nossa base de aliança."

Poucas Mudanças – O presidente também anunciou que as mudanças na Esplanada dos Ministérios serão mínimas e pouco significativas. "Eu tenho dito desde que ganhei as eleições, quando as pessoas começaram a especular sobre a reforma no ministério, eu disse que o time tinha ganho o jogo e não havia necessidade de mudar. Logicamente que nós estamos fazendo uma composição política no Congresso Nacional, com as mesmas forças das quais recebemos apoio no mandato passado."

Questionado sobre algumas informações veiculadas pela impressa nas últimas semanas, Lula fez questão de despistar, afirmando que ministros demissionários continuam no seu governo, pelo menos por enquanto. " Gilberto Gil continua, o Waldir Pires (Defesa) continua, o Márcio Thomaz Bastos (Justiça) continua, o Furlan (Desenvolvimento) continua. Eu também ainda não conversei com esses companheiros que, muitas vezes, vejo pela imprensa que têm vontade de sair. Também não conversei com eles."
 

Sobre o possível ingresso da ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy (PT) no Ministério da Cidade, Lula não comentou nada. A ex-esposa do senador Eduardo Suplicy (PT-SP) seria a escolhida do PT para suceder Lula nas eleições de 2010. O problema é que o próprio presidente da República não vê a ex-prefeita paulistana como o nome ideal para substituí-lo, pelo menos nesta altura do 'campeonato'.

Paralisação – Lula deixou claro que o fato da reforma ministerial estar 'empacada' – não vai para frente nem para trás – não paralisa o governo federal. "O governo está funcionando, nós estamos agora numa fase de concretização do projeto do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] na área de saneamento básico, de habitação e na área de urbanização de favela. Nós já fizemos praticamente tudo a respeito dos projetos de energia, do projeto de estrada, de ferrovia, a revitalização do Rio São Francisco para levar água a alguns estados brasileiros", disse.

"agora, nós então estamos trabalhando uma questão importante, que é a da educação. Nesta semana, o ministro Fernando Haddad vai me fazer uma apresentação das propostas. Eu disse a ele que era importante que nós convocássemos um grupo de educadores brasileiros, de fora do governo, para que a gente pudesse discutir com maior profundidade uma solução definitiva para melhorar a qualidade da educação no país", completou o presidente.




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