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Depoimentos travam avanços nas comissões do impeachment

Grupos que analisam denúncias contra Atila ainda precisam superar oitivas de testemunhas

Júnior Carvalho
do dgabc.com.br
21/03/2019 | 07:00
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André Henriques/DGABC


Impasses envolvendo depoimentos de pelo menos duas testemunhas de defesa do prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), nos dois processos de impeachment têm travado a conclusão dos pareceres em ambas as comissões.

O principal imbróglio se dá em decorrência da ausência da oitiva do ex-secretário João Gaspar (PCdoB), que tem restrições judiciais para entrar em prédios públicos. As comissões do impeachment chegaram a consultar a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em Mauá para que cedesse espaço para interrogá-lo, mas não tiveram sucesso.

Outro depoimento que não ocorreu foi o do deputado federal Orlando Silva (PCdoB), que poderá escolher a data em que falará às comissões por conta da prerrogativa do cargo.

O Diário apurou que o parlamentar agendou junto a uma das comissões, a que investiga quebra de decoro, para dar seu depoimento no dia 10 de abril, em seu gabinete em Brasília. A data e o local escolhidos pelo deputado não agradaram parlamentares mauaenses, tendo em vista que o prazo para que o processo de cassação se encerre – 90 dias – vai entrar em seu último mês. Além disso, avaliam que, como Orlando é deputado por São Paulo, ouvi-lo em território paulista facilitaria no andamento das denúncias. Na comissão que investiga suposta vacância ainda não há manifestação do parlamentar.

Para somar a esses impasses, a defesa do prefeito pediu à comissão que analisa quebra de decoro que substitua uma testemunha. Os advogados querem que o grupo aceite ouvir Valdir Damo, em vez de Wagner Damo, proprietários da empresa Lara. Esse último tinha o depoimento marcado para o dia 11 deste mês, porém, não compareceu.

Presidente da comissão, o vereador Sinvaldo Carteiro (DC) afirmou que o pedido da defesa de Atila ainda será analisado, mas não deu prazo. Ele justificou que a reunião para deliberar sobre esses temas já era para ter ocorrido, contudo, que não houve por conta de ausência do vereador Jotão (PSDB), por “motivos particulares”.

Outro pedido feito pela defesa do prefeito, este à comissão que analisa a denúncia de vacância, foi para reconsiderar a ausência de Atila na data em que era para ser ouvido, na semana passada. O grupo havia decidido que não marcaria nova data para o depoimento.

CONTRA O TEMPO
Pelos corredores do Legislativo mauaense comenta-se sobre a possibilidade de o prazo do impeachment estourar, já que Orlando Silva só falará dia 10, a uma das comissões. A sessão para a votação das denúncias teria de ocorrer entre 23 e 24 de abril. Ocorre que, na semana anterior, há um feriado prolongado. Fora isso, antes de os pareceres ficarem prontos, abre-se um prazo de cinco dias para a defesa apresentar seus argumentos, por escrito, às comissões.

Paço retomará obras para evitar enchentes

O governo do prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), assinou ontem aditivo do termo de acordo com a Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) que garante repasse de R$ 1,8 milhão para que o município conclua obras antienchente.

O projeto consiste em completar as obras de ampliação do Córrego Taboão a partir do Piscinão do Paço, assegurando a duplicação da vazão de água no reservatório.

Essas intervenções serão feitas sob a via férrea da Linha 10-Turquesa (Rio Grande da Serra-Brás), da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), e no território da Braskem. A administração afirmou que está “em tratativas com a CPTM para ter acesso à área férrea, entre as estações Mauá e Capuava” e adiantou que a Braskem já autorizou a entrada de funcionários para execução do projeto.

Atila sustentou que as ações devem iniciar ainda neste ano. O objetivo é que as obras coloquem fim aos alagamentos na região central da cidade, mais especificamente na Avenida João Ramalho, próximo à divisa com Santo André. “Serão obras importantes e humanitárias, que darão fim ao drama de moradores que tiveram prejuízo com seus veículos e pertences devido aos alagamentos, e também ao setor cultural pela inundação no Teatro Municipal”, avaliou o prefeito. 




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