Palavra do Leitor Titulo
A força de um jingle

Há exatos dois meses, dando aula sobre Jânio Quadros, apresentei...

Dgabc
12/09/2012 | 00:00
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Artigo

Há exatos dois meses, dando aula sobre Jânio Quadros, apresentei um dos mais criativos e pegajosos jingles da história política brasileira: o Varre Vassourinha. Meus alunos ficaram empolgados. As meninas acharam o Jânio engraçado, os garotos gostaram da postura anticorrupção do populista e fiquei com a música na cabeça. Esse foi, sem dúvida, o melhor jingle da história.

O jingle em campanhas eleitorais não foi inventado por Jânio. Antes dele, a publicidade já utilizava esse recurso para vender seus produtos. O fato é que um jingle benfeito vira moda e ajuda o candidato a emplacar suas ideias. Getúlio Vargas, ao som de Retrato do Velho, voltou nos braços do povo como prometera, quando saiu do Catete, depois de golpeado em 1945. Juscelino Kubitschek despertou o Brasil em 1954 com Gigante pela Própria Natureza, e Collor coloriu o País em 1989, antes de mergulhá-lo em crise provocada devido 50% por seu despreparo e 50% pelo nosso sistema político. Isso também é história.

A minha geração cresceu ao som de vários jingles, como o Bote Fé no Velhinho, de Ulysses Guimarães; Lula Lá, de Luiz Inácio Lula da Silva; Levanta a Mão, de FHC; Maluf Que Fez, de Paulo Maluf; Onda Verde-Amarela e Serra do Bem, de José Serra; e o baião de Lula em 2006. Contudo, hoje, corre boato, no meio publicitário, que os jingles eleitorais saíram de moda e o eleitor está pegando raiva desse tipo de propaganda.

Todavia, essa afirmação é exagero, pois corresponde à falta de criatividade dos mesmos publicitários, que apelam para paródias que, essas sim, são irritantes. Isso é popularismo que, segundo o jornalista Thomas L. Friedman, trata-se da ideologia de nossos dias. Em miúdos, quer dizer: acompanhe tudo que se passa nas diversas mídias e redes sociais e vá precisamente onde as pessoas estão, e não onde acha que elas deveriam ir.

Tudo isso com ajuda da Justiça Eleitoral, que limita as campanhas de rua, tornando-as iguais sob a falsa bandeira de equilíbrio econômico entre as campanhas. A música marca uma eleição, muda o seu panorama e prende eleitor ao candidato. Quem não liga Jânio à vassourinha? Por essa razão, afirmo que os jingles criativos têm que continuar, visto que alegram e unem os apoiadores e eleitores. Além disso, iniciam qualquer conversa sobre campanhas passadas ou engraçadas. Então, meus amigos, na festa da democracia, todo poder aos jingles benfeitos.

Thiago Rocha de Paula é professor de História do Colégio Singular.

PALAVRA DO LEITOR

Ademir Medici

É com muita satisfação que o felicitamos por mais esta data, entre tantas, que você muito bem sabe lembrar. A você, Medici, que é ‘agitador da memória' da nossa região, desejamos muitas felicidades e muitas histórias para escrever e nos fazer, realmente, vivenciar fatos acontecidos e reavivar a memória da nossa região. Do amigo ‘agitador cultural', em nome dos amigos do centro acadêmico de São Caetano.

Carmelo Conti, São Caetano

Ramalhão - 1

Não creio que o Santo André vai acabar, mas se continuar ladeira abaixo, em todos os sentidos, da maneira que está, se um dia se acertar vai demorar uma década de bom trabalho para recuperar um pouco de torcida. Isso já aconteceu várias vezes! Quando faz campeonato ruim demora outros dois bons para recuperar o torcedor. O problema é que desde o rebaixamento da Série A do Brasileiro e do vice do Paulista (quando foi prejudicado por aquela bandeirinha) não conseguiu fazer mais nada de bom. É um desastre atrás do outro, com times de nível baixíssimo. No começo da administração da Saged a coisa parecia que daria certo, com vários acessos consecutivos. Mas, agora, não são os rebaixamentos que assustam, mas sim a forma como isso acontece. Não tem mais torcida, não tem mais estádio e me parece bem claro que o time está totalmente desvinculado do clube.

Donizete Ap. de Souza, Ribeirão Pires

Ramalhão - 2

Tenho acompanhado a agonizante campanha do Santo André, semelhante à do Palmeiras, só que na Série C (por enquanto), e fico me perguntando até quando esses dirigentes esperarão para tomar providências e tirar o time dessa situação de grande risco que enfrenta. O que será que falta? Mais empenho dos jogadores? Ação mais energética da diretoria? Que abram as portas do Brunão, pois estão culpando as arquibancadas vazias? De quê adianta ter torcida e um time medíocre desse? Desculpe pela crítica, mas ela ainda é construtiva. Até quando esse time seguirá se arrastando no gramado. Santo André, reage enquanto é tempo! Essas vitórias que estão faltando ao time poderão fazer muita falta lá na frente. Avante, não há outro caminho.

Carlos Sergio Missão, Maringá (PR)

Palmeiras

É com muita tristeza que eu, como palmeirense, vejo isso que hoje se apresenta como Palmeiras. Time que foi uma das glórias do futebol nacional e internacional, único no Brasil que vestiu a camisa da Seleção Brasileira. Hoje, esse time caminha a passos largos rumo à Série B, onde provavelmente permanecerá eternamente. Tive a felicidade de ver a primeira e segunda Academia de Futebol. Vi jogadores, mas, sobretudo, homens vestirem e honrarem a gloriosa camisa alviverde. E hoje, o que temos? Presidente inoperante, diretoria esdrúxula, técnico ultrapassado em seus conceitos, que não tem diálogo nem motiva os jogadores, e elenco de mercenários que, para ser chamado de medíocre, precisa melhorar, pelo menos, 500%. Os palmeirenses de minha idade (55 anos), ou mais velhos, tenho certeza que entendem o meu desabafo. Aos mais novos, que não conheceram esses homens citados, sugiro consultar o site do Verdão.

José Roberto Tonetti, São Caetano

Invasores

Em São Bernardo, embora proibido por lei municipal e eleitoral, muitos candidatos, tanto a vereador como a prefeito, estão invadindo propriedades para colocar seus cartazes, da mesma forma que marginais invadem postos de gasolina, supermercados e bancos para dinamitar caixas eletrônicos. São esses que querem governar nossa cidade? E, entre eles, existem os mentirosos, que insistem em afirmar que possuem autorização do proprietário.

Marcelo Sarti, São Bernardo 




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