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Empresa era ligada ao tráfico colombiano
Luciano Cavenagui
Do Diário do Grande ABC
24/03/2007 | 07:02
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Ribeirão Pires está na rota internacional do tráfico de drogas. A PF (Polícia Federal) prendeu quinta-feira na cidade o empresário Rui Delfim Ferreira Vasco, um dos proprietários da petroquímica Delft Oil & Energy Derivados de Petróleo, localizada no Km 51 da rodovia Índio Tibiriçá.

Segundo a PF, Vasco era testa-de-ferro do traficante colombiano Alexander Pareja Garcia, o Alex, e usava a empresa para lavar dinheiro para o tráfico. O empresário foi indiciado por associação ao tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

“De acordo com as investigações, esse empresário trabalhava para Alex há pelo menos cinco anos. A quadrilha usava o Brasil para legalizar o dinheiro das drogas. Entre as empresas utilizadas, está a Delft”, afirmou o delegado da PF no Rio de Janeiro, Vitor César Santos, da Delegacia de Repressão aos Entorpecentes. Em uma semana, a quadrilha chegou a lavar R$ 40 milhões.

O empresário de Ribeirão Pires está entre as oito pessoas detidas pela ação batizada de Operação Platina. Além do município do Grande ABC, cerca de 250 policiais cumpriram 11 mandados de prisão e 40 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.

O esquema capitaneado por Alex comercializava cerca de uma tonelada de droga por semana. Mesmo preso no Brasil, desde setembro do ano passado, ele comandava o negócio por meio de parentes e testas-de-ferro. Alex é apontado como sucessor do traficante Pablo Escobar.

A cocaína era adquirida na Colômbia por meio do Cartel do Vale do Norte. A droga ia para o Uruguai. Por meio de transporte marítimo ou aéreo, a cocaína chegava até os Estados Unidos e Europa.

Dentro do organograma da quadrilha, o Brasil era utilizado para legalizar o dinheiro obtido com o crime por meio da aquisição de diversos imóveis de alto padrão e por meio de empresas.




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