Ribeirão Pires foi cenário de dois graves acidentes de trânsito entre a noite de sexta-feira e a manhã deste sábado. Três pessoas morreram e outras três ficaram feridas. A primeira batida ocorreu pouco depois das 21h de sexta-feira, na avenida Humberto de Campos, perto da divisa com Mauá, e culminou na morte do estudante Rafael Genaro Soares, 22 anos. O outro choque ocorreu por volta das 6h30 deste sábado na rodovia Índio Tibiriçá, a chamada rodovia da morte. As vítimas fatais foram Ariberto Rodrigues Souza, 32, e Joseleno da Silva, 31.

Um Uno bateu de frente com um Polo em uma curva leve do Km 40 da estrada. Os dois carros ficaram destruídos. Souza e Silva, respectivamente motorista e passageiro que estava no banco da frente do Uno, morreram na hora. Os dois ocupantes do banco traseiro do Uno – entre eles um menino de 3 anos – e o motorista do Polo, que estava sozinho no carro, sofreram ferimentos graves e foram levados ao Hospital Nardini, em Mauá. Não correm risco de morte, entretanto.

Testemunhas afirmaram que o Uno era ocupado por quatro pessoas de uma mesma família, mas a Polícia Rodoviária não tinha informações detalhadas até o fechamento desta edição. Por quase uma hora, o trânsito ficou parado na estrada. O fluxo foi normalizado após a limpeza da pista.

Devido ao péssimo estado de conservação, a Índio Tibiriçá registrou 434 acidentes entre janeiro e novembro do ano passado. O saldo no período foi de 16 mortos e 33 feridos. Após anos de descaso, é aguardado para o mês que vem o início das obras de revitalização da estrada.

Três trevos serão construídos e duplicados sete trechos com quilometragens entre 400 m e 1,3 km de extensão. No Km 40, onde ocorreu o acidente no sábado, não estão previstas intervenções. O trecho será beneficiado apenas com o recapeamento dos 37 quilômetros da Índio Tibiriçá. As obras devem terminar em junho de 2006.

Estudante – Na noite de sexta-feira, o estudante Rafael Soares voltava da escola, em Mauá, quando perdeu o controle de seu Chevette. Ele invadiu a calçada e bateu em cheio numa árvore na avenida Humberto de Campos. Há indícios de que ele dirigia com velocidade acima do limite da pista, que é de 60km/h. Antes de bater, Soares deixou um rastro de mais de 60 m.