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Corinthians, com Ralf e contra o Internacional
Por Thiago Bassan
Com Agências
26/09/2010 | 07:00
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Líder absoluto do Campeonato Brasileiro com 47 pontos, o Corinthians aposta em Ralf e companhia para superar o Internacional hoje (16h, com Globo e Bandeirantes) no Beira-Rio. O volante, que desfalcou a equipe nas últimas três partidas por causa de torção no tornozelo esquerdo, está confirmado pelo treinador Adílson Batista. "O Ralf joga. Ele é muito importante, desarma, protege bem e salva todo mundo", elogiou o treinador.

O retorno do volante agrada ao comandante, que terá de assimilar a ausência de Chicão, Ronaldo e Dentinho. Em recuperação de contusões, eles devem voltar ao time contra o Botafogo, quarta-feira, no Pacaembu.

A ausência dos dois jogadores de frente, porém, é algo que não tira o sono de Adílson. O Timão marcou 14 gols nos últimos seis jogos, com destaque para Jorge Henrique, Bruno César e Iarley nas finalizações. Este último, inclusive, vive ótimo momento, o que o impede de cogitar, mesmo aos 36 anos, a ideia de pendurar as chuteiras. "Vou ter que ir contra os especialistas. Quero jogar por mais uns cinco anos. Nem cogito parar", afirmou Iarley. "Nenhum atleta está preparado para isso", completou.

Autor de um dos gols da vitória (3 a 2) sobre o Santos, na quarta-feira, o veterano atacante afirmou que vai comemorar de maneira contida se marcar contra o Inter. Ele defendeu as cores do time gaúcho em 2006, quando conquistou o título mundial no Japão. "Tenho muito carinho por essa entidade. Se eu fizer um gol lá, não vou comemorar com tanta euforia. Posso festejar sem alarde. Preciso respeitar", disse Iarley.

Timão e Colorado têm protagonizado grandes duelos nos últimos anos. Em 2005, as equipes disputaram até a última rodada o título brasileiro. O Corinthians ficou com o caneco, mas até hoje os gaúchos contestam a arbitragem do confronto entre os times no segundo turno, quando um pênalti sobre o meia Tinga não foi marcado. O jogo terminou empatado em 1 a 1.

Dois anos depois, em 2007, a reclamação partiu dos alvinegros. Na última rodada do Brasileirão, o time gaúcho foi acusado de facilitar o jogo para o Goiás, adversário direto na briga pelo rebaixamento. No fim, derrota do Inter por 2 a 1 e a queda do Timão para a Série B.

Em 2009, nova polêmica. Após vencer a primeira partida da decisão da Copa do Brasil sobre o Inter por 2 a 0, o Corinthians foi acusado de receber ajuda dos árbitros. O então presidente colorado Fernando Carvalho produziu DVD com os lances polêmicos favorecendo os paulistas na competição. Em campo, as equipes empataram em 2 a 2 na segunda partida e o título ficou com o Timão.

Treinador nega problema com Bruno César
Adílson Batista garantiu ontem não haver problema entre ele e o meia Bruno César, que reclamou que estava jogando fora de posição. O técnico do Corinthians disse que isso é um assunto já superado. Mas repreendeu a atitude do jogador. "Ele tem essa liberdade de se manifestar, de emitir uma opinião. Quando eu cheguei, perguntei: ‘onde você gosta de jogar?' Eu trabalho assim, dá para fazer isso. Quando joga bem não fala nada, e quando deixa de fazer gols é porque estava fora de posição, certo?"

Bruno chiou porque, para ele, estava jogando mais aberto no ataque e não como meia armador, posição para a qual foi contratado. Coincidentemente, depois dessa mudança, ele parou de fazer gols. Ainda é o artilheiro do time, com nove, mas já está há cinco rodadas sem marcar. "É fato que meu rendimento caiu", afirmou o atleta.

Adílson reafirmou que a sua função como técnico é pensar no coletivo da equipe e não se um jogador vai marcar mais ou menos gols. O técnico até ressaltou que considera mais importante jogadores que dão passes para gol e que assim abrem a defesa adversária.

Ex-jogador, Adílson disse que entende esse tipo de coisa, falou que Bruno César ainda é um menino (tem 21 anos) e que por isso, às vezes, deixa se influenciar por outras pessoas. "Há outros interesses por trás das reclamações."




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