O comandante das Forças Militares da Colômbia, o general Carlos Alberto Ospina, afirmou neste sábado que a guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) está em sua etapa final e atribuiu os ataques e seqüestros da última semana a uma tentativa para demonstrar que ainda estão vivas.

"As Farc, especialmente, sabem que estão perdidas. Então, estão tentando, através de atentados e seqüestros, demonstrar que ainda estão vivas, mas na verdade já estão em sua etapa definitiva", acrescentou Ospina.

O oficial fez um apelo aos colombianos para que continuem unidos e "fiquem atentos para fornecer informações oportunas com as quais se possam evitar atentados e seqüestros", como os da sexta-feira, no noroeste e no sudoeste do país, onde sete pessoas foram levadas, aparentemente, por guerrilheiros das Farc.

Segundo as autoridades, em uma primeira ocorrência registrada no departamento da Antioquia (noroeste), quatro pessoas - uma mulher de 26 anos e três homens de 30, 33 e 40 anos - foram seqüestradas em uma casa de campo no município de Salgar. O crime foi atribuído pelo exército e pelos parentes dos seqüestrados à frente 35 das Farc.

As outras três pessoas, um fazendeiro, sua esposa e filha, foram seqüestradas também em um sítio entre os municípios de Piendamó e Silvia, no departamento do Cauca (sudoeste), segundo o exército.

Na quarta-feira passada, as Farc atacaram com cilindros-bomba uma patrulha da Infantaria da Marinha, que passava por uma estrada do departamento de Putumayo (sul), matando dez militares.

No mesmo dia, um policial morreu e sete ficaram feridos em dois ataques das Farc no departamento de Nariño (sul, na fronteira com o Equador).