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Capital de curto prazo nao interessa, diz Figueiredo
Por Do Diário do Grande ABC
21/12/1999 | 12:23
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O diretor de Política Monetária do Banco Central, Luiz Fernando Figueiredo, disse ainda que nao interessa ao Brasil capital de curto prazo. "Nao temos e nao queremos dinheiro de curto prazo", disse ele, durante café da manha com jornalistas no BC.

O diretor traçou um cenário positivo para o balanço de pagamentos no ano que vem. Ele disse que a mudança no balanço de pagamentos este ano foi "impressionante". Isto, porque, segundo ele, antes da desvalorizaçao, a previsao era de que o déficit em transaçoes correntes ficasse em US$ 36 bilhoes e deve fechar em cerca de US$ 24 bilhoes, com uma reversao de US$ 12 bi a US$ 13 bi.

Figueiredo lembrou que, para a balança comercial, a previsao antes da desvalorizaçao era de um déficit de US$ 6 bi US$ 7 bi.

O diretor voltou a dizer que nao existe patamar mínimo para a cotaçao do dólar. "Se nao, nao seria um regime de câmbio flutuante", afirmou. Ele disse que, como o regime flutuante é novo no Brasil, com cerca de dez meses é normal que haja uma intervençao maior do BC no câmbio, mas destacou que a tendência é de que, ao longo do tempo, a autoridade monetária intervenha menos no mercado. "É um processo de aprendizado", afirmou.

Figueiredo disse ainda que o BC nao está comprando dólar e nao vê nenhuma necessidade de comprar. Repetiu que é o próprio mercado que vai regular o câmbio. Figueiredo comparou que há pessoas no mercado que acreditam que uma cotaçao de R$ 2,00, por exemplo, é prejudicial, mas também há quem acredite que o dólar muito baixo prejudica as exportaçoes. "Todo mundo tem os seus parâmetros e cria máximas sobre a cotaçao", observou. "Mas nao é assim que funciona". Segundo ele, o Conselho Monetário Nacional (CMN) vai adotar nesta terça-feira medidas relacionadas ao mercado secundário de títulos, sem entrar em detalhes. A pauta do CMN, segundo ele, é extensa. "Tem bastante coisa do BC", disse ele, durante café da manha com jornalistas.




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