Professores da rede estadual realizam hoje, às 14h, mais uma assembleia na Avenida Paulista, na Capital. Cerca de 59% da categoria em todo o Estado está em greve desde o dia 13 e reivindica reajuste de 75,33%, além de melhores condições de trabalho, como redução de alunos por sala de aula e incorporação do bônus ao salário.

Na região, o índice de adesão é maior em Mauá, onde 60% estão de braços cruzados. Ontem, a categoria realizou manifestação na região central da cidade com 300 pessoas. “Nossas salas estão superlotadas, com até 50 alunos. Isso só traz consequências ruins para o aprendizado”, destaca a professora Rosemara de Souza, da EE João Ricardo Borges de Lima, no Jardim Zaíra.

Em Diadema, cerca de 40% dos professores aderiram ao movimento. “Nossa greve está crescendo”, considera o integrante da subsede da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) Ivanci Vieira.

Assembleia regional realizada na tarde de ontem na Concha Acústica de Santo André, no Centro, reuniu cerca de 100 educadores da cidade. A expectativa é que pelo menos 50% da categoria paralise suas atividades hoje. “A incorporação do bônus ao salário é reivindicação histórica”, comenta o professor da EE Dr. Celso Gama, no bairro Assunção, Edgard Fernandes.

A dirigente de ensino de São Bernardo, Suzana de Oliveira, destaca que entre 2% e 4% dos docentes estão parados em todo o Estado. “Houve 45% de aumento salarial nos últimos quatro anos e o piso estadual é 26% maior que o nacional (este último de R$ 1.917,78)”. Sobre a superlotação, ela diz que a rede segue resolução que determina 30 alunos por sala no ciclo 1 do Ensino Fundamental (1º ao 5º ano), 35 no ciclo 2 (6º ao 9º ano) e 40 no Ensino Médio. A questão do bônus, segundo ela, pode ser negociada.