A escolha do árbitro Marcelo Rogério para apitar o jogo da Portuguesa contra o Santo André, amanhã, às 16h, no Canindé, ilustra bem a frase dita durante a semana pelo presidente da Lusa, Manuel da Lupa. "Para a Portuguesa, o pão sempre cai com a manteiga para baixo", afirmou o dirigente. Sorteada ontem pela FPF (Federação Paulista de Futebol), a escala de arbitragem destinou para a partida do Canindé o 24º no ranking da entidade, justamente o pior colocado entre os juízes que participam da rodada final do Campeonato Paulista.

No sorteio, Marcelo Rogério concorreu com Rodrigo Braghetto, sexto do ranking, que ficou com outra partida decisiva: Ponte Preta x Santos. Esses dois confrontos irão definir o quarto e último semifinalista do Paulistão.

Como Santos, Portuguesa e Santo André estão embolados na classificação, a vaga pode ser decidida até mesmo no saldo de gols. E aí, a arbitragem ganhou papel ainda mais importante, pois um gol legal anulado, um pênalti inexistente ou um impedimento mal assinalado podem fazer toda a diferença.

No caso da Lusa, a preocupação remete à última vez em que esteve nas semifinais do Paulistão, há 11 anos. No campeonato de 1998, o time do Canindé foi eliminado por um pênalti inexistente, marcado pelo árbitro argentino Javier Castrilli, nos minutos finais contra o Corinthians.

Para encerrar o jejum, o time treinado por Paulo Bonamigo precisa vencer o Santo André e torcer por um tropeço do Santos. Com 9 gols de saldo, contra 10 do time santista, a Lusa precisará de uma goleada no domingo em caso de vitória do Santos, em Campinas, contra a Ponte Preta.

A derrota para o Santos na Vila Belmiro, quinta-feira, encerrou a invencibilidade de Bonamigo no comando da Lusa. A equipe, que tinha a possibilidade de garantir a classificação naquele jogo, perdeu seu lugar no G-4. Mas, apesar da frustração, o elenco da Portuguesa fez questão de lembrar que o time ainda está vivo e tem de fazer sua parte para lutar pela vaga.