Política Titulo Diadema
Lauro diz que vai apurar fraude de Regina Miki indicada pelo MP

Prefeito de Diadema quer avaliar quantia do possível desvio com esquema de horas extras na GCM

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
08/04/2014 | 06:28
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Ricardo Trida/09.09.2011/DGABC


O prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), afirmou que vai apurar internamente o volume do desfalque financeiro por conta de esquema que teria sido liderado pela hoje secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki (PT), e deflagrado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público. O caso foi revelado com exclusividade ontem pelo Diário.

Regina Miki e 16 guardas-civis municipais – incluindo o ex-comandante da GCM (Guarda Civil Municipal) Emílio D’Angelo Júnior – foram denunciados pela instituição por formação de quadrilha e peculato (desvio de dinheiro público) pela fraude em concessão e marcação de horas extras da corporação durante a gestão da petista na Pasta de Defesa Social de Diadema, entre janeiro de 2007 e outubro de 2008.

“Temos de investigar. Estamos conversando com o coronel Félix (Eduardo José Félix de Oliveira, secretário de Defesa Social) para abertura de sindicância e ver quais danos foram causados ao poder público”, discorreu o prefeito. A decisão deve ser tomada nos próximos dias, quando Lauro retornar de viagem para Brasília.

O Gaeco não mensurou o possível desvio de dinheiro público com pagamento irregular de horas extras. O volume será medido com transcorrer da ação judicial, que corre na 3ª Vara Criminal de Diadema.

O governo avalia o afastamento de todos os GCMs citados no processo – eles continuam na corporação. Foram arrolados os guardas Emílio D’Angelo Júnior, Alécio de Sena Andrade, Antonio Soares Fonseca, Edivaldo Mendes Guimarães, Ernesto da Silva Olimpio Diaz, Itamar Fortes, Jaqueline Ariadne Santos, José Tadeu Farias de Andrade, José Vicente de Oliveira Neto, Jorlei Rogério dos Santos, Julio César de Oliveira, Marcio Cordeiro Couto, Marcos Pereira da Silva, Ronaldo Yoshio Nonaka da Silva, Rosair Severino de Souza e Valdenir Laurentino da Silva.

Pela denúncia oferecida pelo MP, esses servidores e Regina se associaram para impulsionar vencimentos de forma ilegal fraudando marcação de horas extras. Adicionais salariais são vetados a funcionários comissionados – caso dos 16 guardas, que possuíam cargos de chefia –, mas Regina autorizou o pagamento. Ela não negou a transferência, mas disse que contas de sua gestão foram aprovadas pelas instituições competentes.

Além da ilegalidade dos depósitos, os guardas, com anuência da então secretária de Defesa Social, burlavam as marcações em outra planilha de controle de frequência de funcionários denominada mapas-força.




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