O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Pio Borges, disse neste sábado que estao concluídos os entendimentos sobre a participaçao da instituiçao financeira na instalaçao da montadora Ford na Bahia. A reuniao decisiva está programada para meados de junho, em Detroit, Estados Unidos. Borges participou em Salvador, sexta-feira à noite, da solenidade de assinatura de acordo para construçao de uma usina termoelétrica.

Segundo Borges, o Conselho de Administraçao da Ford já tem as informaçoes de que precisa para se definir sobre o local onde será instalada a montadora. Embora nao tenha anunciado o valor a ser financiado pelo BNDES, para o sucesso do empreendimento, Borges admitiu que ficaria feliz se a montadora vier para o Nordeste. O empreendimento representa investimentos totais de mais de US$ 1 bilhao.

Já o secretário da Indústria, Comércio e Mineraçao da Bahia, Benito Gama, afirmou que as negociaçoes vem se desenvolvendo há 15 dias entre representantes do BNDES, da Ford e do governo. Para Gama, a expectativa da vinda da montadora para a Bahia ficou ainda mais fortalecida com a visita do presidente da Ford, Ivan Fonseca, e do vice-presidente da companhia para a América do Sul, Martin Ingel, que estiveram em Salvador, há cinco dias, com o governador César Borges (PFL).

Os executivos participaram de um jantar com o governador e mais quatro secretários de estado. No mesmo dia, acompanhados do secretário Benito Gama, os dirigentes da Ford sobrevoaram áreas na regiao metropolitana de Salvador e inspecionaram terrenos para possível instalaçao da fábrica nos municípios de Camaçari, Simoes Filho e Candeias.

Os representantes da alta administraçao da Ford visitaram ainda o Complexo de Ponta da Laje, no Porto de Aratu, de onde deverá ser feito o escoamento da produçao de automóveis.

O secretário Benito Gama afirmou que os executivos da Ford ficaram satisfeitos com o que viram. "A parte dos incentivos fiscais e a engenharia financeira do projeto está praticamente concluída", afirmou.

Entre os ganhos fiscais estaduais, é garantido o crédito presumido de até 75% incidente nos cinco primeiros anos de produçao sobre a saída de veículos fabricados ou montados no estado. O crédito cai para 37,5% entre o sexto e décimo ano de produçao.