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Volpi polariza disputa no grupo entre Dedé e Nonô
Cynthia Tavares
Especial para o Diário
05/07/2011 | 07:02
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Orlando Filho/DGABC


A disputa dentro do bloco governista para ser candidato ao Paço de Ribeirão Pires está polarizada entre o secretário de governo, Nonô Nardelli (PR) e o vice-prefeito, Edinaldo de Menezes, o Dedé (PPS).

A avaliação é do prefeito Clóvis Volpi (PV). Ele será o responsável pela indicação do candidato da administração. A pesquisa encomendada pelo chefe do Executivo - divulgada por ele na semana passada - aponta Dedé com vantagem sobre Nonô. "Avaliei muito bem. Temos dois candidatos despontando", declarou o verde. "Ambos não fizeram campanha para prefeito", completou.

O levantamento mostrou que os oposicionistas Maria Inês Soares (PT) e Saulo Benevides (PV) estão nas primeiras colocações, seguidos de Dedé com estreita vantagem. "A Maria Inês tem o recall por ter sido prefeita, assim como (Valdírio) Prisco e o (Luiz Carlos) Grecco que também aparecem. É normal", amenizou o prefeito.

Volpi afirmou que a surpresa nos resultados ficou por conta do seu secretário. "Nonô que, praticamente, nunca falou que é candidato, há não ser com ações do governo que ele representa,nunca foi à rua e tem um percentual bom", analisou.

O republicano concordou. "Tenho vistoriado obras da cidade todos os dias pela manhã, pois quando o prefeito pergunta sobre o andamento de alguma atividade, tenho que estar com a resposta na ponta da língua. Isso acabou criando fato bom pra mim dentro da pesquisa", apontou Nonô.

Dedé rechaçou qualquer espírito de rixa. "Estou trabalhando para ser consenso do grupo. Não tenho sentimento de disputa. A questão (de estar à frente do seu colega governista) é que venho disputando eleições (2004 e 2008) e meu trabalho é na rua", disse.

Porém, no que depender de Volpi, o clima de indefinição seguirá por algum tempo, tendo em vista que o prefeito não deu prazo para anunciar quem apoiará no pleito. O prazo dado era maio, mas foi adiado sem previsão para anúncio.

ALIANÇAS

O chefe do Executivo declarou que não sabe do assédio que Maria Inês fez ao presidente da Câmara, Gerson Constantino (PV), para que ele seja seu vice. "Não vejo problema, pois o Gerson foi líder dela. É normal. Não sei se houve convite, ele nunca me falou", despistou. Na semana passada, o Diário publicou que os dois foram vistos tomando café da manhã juntos numa padaria próxima ao prédio do Legislativo. O teor da conversa foi uma sondagem direta sobre o desejo de Constantinto integrar a composição majoritária da petista.

Sobre as recentes conversas nos bastidores, que colocam a pré-candidata do PT e Benevides do mesmo lado numa eventual chapa, Volpi também adotou tom cauteloso. "Não sei o que pensa a Maria Inês e o Saulo. Acho tudo normal, até porque em política não há anormalidade", afirmou o verde.




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