O retorno do governador Geraldo Alckmin ao país – estava na China com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva – deve selar, neste domingo, o apoio do PFL ao candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra. Esta é a aposta dos tucanos paulistas, que contam com o apoio do presidente do PFL municipal, deputado federal Gilberto Kassab, e do presidente do PFL estadual, o vice-governador Cláudio Lembo. O próprio Kassab e o presidente da Associação Comercial de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, são os mais cotados para ocupar o cargo de vice de Serra.

A expectativa é que o acordo saia nesta semana, já que o período para as convenções começa no próximo dia 10. “Agora é o governador retornar e bater o martelo”, afirma o presidente do PSDB municipal, deputado Édson Aparecido. “Não há muito mais o que esperar.” A boa relação do governador com o PFL e o resultado das primeiras pesquisas de opinião – com Serra em primeiro e o pré-candidato do PFL, deputado José Pinotti, nas últimas posições – são os maiores trunfos tucanos.

No PFL, porém, a cautela ainda prevalece. “Sou simpático à aliança, mas não quero intromissão”, ressalta Lembo. Como a posição de Kassab também é favorável, o assunto deve ser definido com a volta do presidente nacional do partido, senador Jorge Bornhausen (SC), que está na Espanha.

Por ora, qualquer desculpa vale, como uma eventual aliança entre Michel Temer (PMDB), Luiza Erundina (PSB) e Paulo Pereira da Silva (PDT). “Vamos esperar o quadro se consolidar”, diz Lembo. A coligação, entretanto, ameaça ruir na primeira discussão sobre nomes. “Pode ser”, admite o ex-governador Orestes Quércia (PMDB), que amanhã se reúne com Miguel Arraes (PSB) e Leonel Brizola (PDT). Lembo também parece duvidar: “Se a terceira via não deu certo, imagine a quarta via.”