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Parlamentares dos EUA questionam técnicas de interrogatórios
Da AFP
14/05/2004 | 10:21
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Parlamentares americanos estão questionando as técnicas de interrogatório usadas pelos soldados dos Estados Unidos em vários lugares do mundo. Eles acreditam que o Pentágono permite violações à Convenção de Genebra, que defende o direito dos presos de guerra.

"Quando vejo as regras de interrogatórios estabelecidas, francamente, muitas delas violam a Convenção de Genebra. E foram aprovadas pelo governo Bush", criticou o senador democrata Richard Durbin.

O chefe do Estado-Maior conjunto, general Richard Myers, assegurou que as instruções passadas aos soldados, que incluem técnicas de pressão psicológica e ameaças, indicavam que os prisioneiros deveriam "ser tratados humanamente".

Essas instruções "não são ilegais do ponto de vista da Convenção de Genebra", acrescentou o militar. O Pentágono considera que os maus-tratos a presos no Iraque foram cometidos apenas por alguns soldados e civis que não respeitaram as leis internacionais.

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Donald Rumsfeld, reafirmou nesta semana que a Convenção de Genebra não se aplica "às redes terroristas, que não respeitam as regras da guerra". Ele explicou, entretanto, que ela é aplicada no Iraque.

Por esta lógica, os Estados Unidos não garantem nenhum direito aos presos na base americana de Guantánamo, em Cuba. Lá estão suspeitos de terrorismo detidos no Afeganistão.




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