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Grupo é preso por oferecer falsos empréstimos

Criminosos presos em São Paulo procuravam vítimas por telefone e atuavam em escritórios clandestinos; primeiro flagrante foi feito no fim de junho, em Mauá

Do Diário do Grande ABC
07/08/2020 | 09:25
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Divulgação


Grupo de criminosos que oferecia empréstimos em escritório clandestino foi preso ontem, na República, em São Paulo. A quadrilha é a mesma que, no fim de junho, havia sido flagrada no Jardim Zaíra, em Mauá, realizando igual delito. Com eles foram apreendidos dois notebook, 7 aparelhos celulares, e demais documentos pertencentes à organização criminosa.

Segundo boletim de ocorrência, o grupo foi preso pela primeira vez no dia 25 de junho, no escritório na Rua Adilson Dias de Souza, no Jardim Zaíra, em Mauá. No endereço funcionava estrutura criminosa aparelhada, voltada para capitação de recursos no mercado, através de anúncios fraudulentos de empréstimos e fichas falsas com os nomes CredShop e Credcerto. Os criminosos se organizavam em um ambiente similar ao de empresas de telemarketing e, passavam o dia ligando para vítimas, que encontraram estes anúncios publicitários fraudulentos em sites de buscas e, induzidas a erro, pagavam taxas como condição para liberação dos recursos (empréstimos) inexistentes.

Na ocasião do flagrante, uma mulher chamada Samantha disse ser gerente da equipe e atuar no local desde março. Segundo ela, eles arrecadavam com a ação cerca de R$ 8 mil ao dia. Samantha e oito pessoas foram presas na ocasião.

Só que ontem a polícia descobriu que o mesmo grupo, já em liberdade, estava atuando da mesma maneira, mas em novo endereço, em sala comercial no bairro da República, em São Paulo. Desta vez, o escritório se intitulava uma financeira e tinha até site www.creditosp.com.br. Samantha novamente estava à frente do grupo e disse aos policiais que os donos das lojas são conhecidos pelos apelidos de Cebola e Jeito Moleque. Desta vez oito pessoas foram indiciadas.

Disse ainda que a estrutura da organização conta com a ajuda de ''laranjas'', que emprestam contas bancárias para receptação da vantagem ilícita, ''tripeiros'' que são responsáveis pelos saques destes valores, os atendentes que recebem as fichas e tentam induzir as vítimas a erro, a gerência que recebe estas fichas dos donos do escritório e redistribui aos atendentes e, finalmente os donos, que providenciam a locação do espaço, pagam os alugueis, criam os sites e, entregam as fichas das vítimas a gerência dos escritórios. O caso foi registrado no 2º DP de Santo André.


 




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